O governo cubano dá um passo em direção à Inteligência Artificial

Cuba faz parte do projeto desde 12 de dezembro.

Participantes en reunión celebrada en Moscú el pasado 12 de diciembre © X/Parque Científico Tecnológico La Habana
Participantes na reunião realizada em Moscou no dia 12 de dezembro passadoFoto © X/Parque Científico e Tecnológico de Havana

Vídeos relacionados:

O governo cubano deu um passo em direção à Inteligência Artificial após o anúncio de que duas entidades tecnológicas do país agora fazem parte da AI Alliance Network, uma rede de Alianças de Inteligência Artificial do grupo de países BRICS, organização à qual a ilha se juntou em outubro como parceiro.

Os representantes de Cuba na AI Alliance Network são o Ecossistema do Parque Científico e Tecnológico de Havana e a Universidade das Ciências Informáticas (UCI), conforme confirmaram fontes oficiais.

A Rede de Alianças de Inteligência Artificial dos BRICS reúne 13 países e 15 organizações dedicadas ao desenvolvimento neste campo tecnológico revolucionário.

Rafael Torralbas Ezpeleta, presidente do Parque Científico Tecnológico de Havana, participou na semana passada do ato de constituição desta aliança, realizado em Moscovo, Rússia, conforme reportado pelo Granma.

Durante a primeira reunião desta aliança, os membros debateram aspectos-chave sobre o desenvolvimento da IA em suas respectivas nações e apresentaram propostas para futuras colaborações, de acordo com uma publicação do governo russo.

De acordo com reportagens de imprensa, o banco estatal russo Sberbank lidera o projeto, que facilitará a pesquisa conjunta em tecnologia e regulamentação da inteligência artificial, abrangendo áreas como: pesquisa em tecnologia avançada, desenvolvimento regulatório adaptado às necessidades locais e internacionais, e capacitação nos países membros.

O ato inaugural foi conduzido pelo presidente russo Vladímir Putin, que destacou a importância de que a Rússia e os países BRICS participem ativamente "na corrida global para criar uma inteligência artificial forte".

"A Rússia deve participar em condições de igualdade na corrida global para desenvolver inteligência artificial", acrescentou Putin, enfatizando a importância da colaboração internacional nesta área.

Putin também estendeu um convite a cientistas de todo o mundo para se juntarem à rede, ressaltando que a iniciativa surge em um contexto de sanções ocidentais que limitaram o acesso da Rússia a componentes tecnológicos.

De acordo com estimativas do governo russo, a implementação de tecnologias de IA poderia gerar um impacto econômico de 11,2 trilhões de rublos (109 bilhões de dólares) até 2030, o que representaria um aumento significativo em comparação aos 1,9 bilhões de dólares reportados em 2023.

No encontro, o vice-primeiro-ministro russo Dmitri Chernyshenko convidou os representantes do grupo a participar de uma sessão internacional de previsão de inteligência artificial programada para 2025.

Além disso, foi acordado que a Secretaria da nova aliança ficará a cargo da entidade russa de Inteligência Artificial.

A Rússia ocupa atualmente a 31ª posição no Índice Global de IA da Tortoise Media, atrás de outros países membros dos BRICS, como a China, que lidera o desenvolvimento global nesse campo juntamente com os Estados Unidos.

A aliança representa uma oportunidade para acelerar o desenvolvimento de tecnologias de IA fora do domínio ocidental. Com a participação de potências emergentes como a China e a Índia, o bloco busca reconfigurar o panorama global da IA e equilibrar a concorrência tecnológica internacional.

Perguntas frequentes sobre a incorporação de Cuba à AI Alliance Network e sua relação com os BRICS

O que implica a incorporação de Cuba na Rede de Aliança de IA do grupo BRICS?

A incorporação de Cuba à AI Alliance Network do grupo BRICS implica que duas entidades tecnológicas cubanas, o Ecossistema do Parque Científico e Tecnológico de Havana e a Universidade das Ciências Informáticas, agora fazem parte de uma rede internacional dedicada ao desenvolvimento da inteligência artificial. Essa participação oferece a Cuba uma oportunidade para colaborar em avanços tecnológicos e na regulamentação da IA ao lado de outros 13 países e 15 organizações da aliança.

Como Cuba se beneficia ao se juntar aos BRICS e à AI Alliance Network?

Ao se unir aos BRICS e à AI Alliance Network, Cuba busca fortalecer sua posição geopolítica e econômica. A adesão como membro dos BRICS permite a Cuba acessar potenciais colaborações em áreas tecnológicas avançadas, como a inteligência artificial, e participar de iniciativas econômicas e políticas que poderiam aliviar parte de sua crise interna. Além disso, a participação na AI Alliance Network oferece a possibilidade de fomentar o desenvolvimento tecnológico no país por meio de colaborações internacionais.

Quais são os desafios que Cuba enfrenta para se tornar um membro pleno dos BRICS?

Cuba enfrenta desafios significativos para se tornar um membro pleno dos BRICS, incluindo a necessidade de estabilizar sua economia e reformar seu modelo de governança. A falta de estabilidade econômica, acentuada por uma crise energética e escassez de recursos, juntamente com um modelo de governança centralizado que limita o investimento estrangeiro, são obstáculos principais. Para avançar em direção a uma adesão total, Cuba deverá demonstrar estabilidade política e econômica, além de cumprir com os compromissos do grupo.

Qual é o papel da Rússia na integração de Cuba aos BRICS e no seu desenvolvimento tecnológico?

A Rússia desempenha um papel crucial na inclusão de Cuba nos BRICS e no seu desenvolvimento tecnológico. A Rússia tem sido um aliado importante para Cuba, oferecendo assistência técnica e financeira, especialmente no setor de energia. Além disso, lidera o projeto da AI Alliance Network, facilitando a inclusão de Cuba em iniciativas tecnológicas. Por meio dessas colaborações, a Rússia busca fortalecer a segurança energética de Cuba e sua integração no bloco BRICS.

COMENTAR

Arquivado em: