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Em meio à escassez de produtos nas lojas que arrecadam divisas, há algo que não falta: as baratas, que se reproduzem e circulam livremente, como foi evidenciado em uma recente publicação nas redes sociais.
O jornalista Carlos Herrera Rodríguez compartilhou em seu perfil no Facebook um apelo dirigido às autoridades: “A quem possa interessar, por favor, fumigar urgentemente o mercado de 70, onde se paga em moeda livremente conversível, as prateleiras estão cheias de baratas SOS.”
O mais alarmante da denúncia é a imagem compartilhada, onde uma barata se passeia sobre pacotes de biscoitos, evidenciando um sério risco à saúde ao consumir alimentos expostos a esses insetos.
O incidente reforça uma queixa generalizada: enquanto os cubanos enfrentam escassez de alimentos e produtos básicos, os problemas de infraestrutura e higiene nas lojas MLC continuam a ser uma questão não resolvida para o governo.
A mensagem provocou indignação entre os usuários, que, com tom irônico, questionaram como esses estabelecimentos, apesar dos preços elevados, mantêm condições higiênicas tão deploráveis.
Pedro Rafael Noa, por exemplo, afirmou que “Elas (as baratas) também podem ser compradas. São cucarachitas MLC.”
"Precisamente, estão lá porque estão à venda. Mas não se preocupe, os inspetores de saúde pública não estão interessados", disse ironicamente Mayra Álvarez.
Miriam Socarras comentou: "Há anos que elas fazem parte da compra."
“É verdade, acabei de ir e as vi, as cumprimentei. Mas elas não são o pior. O que realmente incomoda é ter que ouvir uma música ruim que agrada ao funcionário, que não se importa com o que o público quer ouvir”, denunciou Doris Gutiérrez.
No entanto, por mais incrível que pareça, não se trata de um caso isolado. Em maio passado, circulou nas redes sociais uma denúncia mostrando que no mercado da 3ª com 70 (MLC) estavam sendo oferecidos “produtos acompanhados de baratas”.
“Assim está a maioria das lojas que restam em Cuba. Que nojo! Já sabem, os escravos lavando a mercadoria antes de consumi-la”, apontou uma usuária chamada Violeta na rede social X, para alertar sobre possíveis doenças para os consumidores dos produtos vendidos neste local.
Em Santiago de Cuba, o problema das baratas também veio à tona em uma das maiores lojas em MLC da cidade: La Gran Piedra.
Perguntas frequentes sobre higiene e gestão em lojas MLC em Havana.
Por que há baratas nas lojas MLC de Havana?
A presença de baratas nas lojas MLC em Havana é um problema de higiene e manutenção inadequada. Essa questão foi evidenciada por um jornalista que mostrou imagens de baratas em prateleiras de alimentos. A falta de atenção às condições sanitárias nesses estabelecimentos reflete a ineficácia do governo cubano em manter padrões básicos de higiene, especialmente em um contexto de escassez e altos preços.
Qual é o impacto da falta de higiene nas lojas de Cuba?
A falta de higiene nas lojas de Cuba representa um grave risco sanitário para os consumidores. A presença de pragas como baratas e o manuseio inadequado de alimentos em mau estado aumentam a probabilidade de doenças. Além disso, refletem uma gestão deficiente do governo em relação à segurança alimentar e à saúde pública.
Como responde o governo de Cuba às reclamações sobre higiene nas lojas?
O governo de Cuba tem demonstrado uma resposta insuficiente às queixas sobre higiene. As denúncias públicas, como a presença de baratas nas lojas MLC, frequentemente não são tratadas de maneira adequada. Esse padrão de inação é uma constante em outras áreas, como a gestão de resíduos e os serviços públicos, evidenciando uma falta de compromisso com o bem-estar da população.
Quais medidas estão sendo tomadas para melhorar a higiene nas lojas de Havana?
Não foram reportadas medidas eficazes do governo cubano para melhorar a higiene nas lojas de Havana. As denúncias continuam sem receber a atenção necessária, e a falta de recursos e de uma gestão adequada agrava o problema. A situação exige uma intervenção urgente por parte das autoridades para garantir condições sanitárias adequadas nos estabelecimentos comerciais.
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