Delegação do governo dos EUA viaja a Cuba para nova rodada de conversas migratórias

A comitiva norte-americana apresentou interesses importantes, como facilitar a reunificação familiar, desestimular a migração irregular e melhorar o respeito pelos direitos humanos e pelas liberdades fundamentais em Cuba.

Conversaciones migratorias Cuba-Estados Unidos © CiberCuba
Conversas migratórias Cuba-Estados UnidosFoto © CiberCuba

Uma delegação dos Estados Unidos, liderada por Eric Jacobstein, subsecretário adjunto de Estado para Assuntos do Hemisfério Ocidental, se reuniu nesta quarta-feira, 4 de dezembro, em Havana, com autoridades do governo cubano, chefiadas pelo vice-ministro de Relações Exteriores, Carlos Fernández de Cossío.

O objetivo do encontro, o segundo programado para 2024, foi revisar a implementação dos Acordos Migratórios entre os dois países, com o intuito de reafirmar o compromisso de ambas as partes em desenvolver uma migração segura, legal e ordenada.

Durante as conversas, foram analisados os desafios e avanços nos procedimentos migratórios. De acordo com a Embaixada dos Estados Unidos em Havana, a comitiva americana discutiu temas importantes relacionados à colaboração nos procedimentos migratórios e destacou os desafios para alcançar os objetivos.

Além disso, apresentou ao governo cubano interesses importantes, como facilitar a reunificação familiar, desestimular a migração irregular e melhorar o respeito pelos direitos humanos e pelas liberdades fundamentais em Cuba.

Em suas declarações ao final do evento, Fernández de Cossío destacou a importância de manter um diálogo construtivo para enfrentar os desafios migratórios, enquanto Brian A. Nichols, subsecretário de Estado para Assuntos do Hemisfério Ocidental, ressaltou em suas redes sociais os resultados alcançados no âmbito desses acordos bilaterais.

A pouco mais de um mês do retorno de Donald Trump à Casa Branca e suas posições contra a imigração (ilegal), a reunião destaca a relevância da cooperação bilateral para abordar essas dinâmicas complexas, ao mesmo tempo em que reconhece as diferenças persistentes entre os dois governos em questões de direitos humanos e governança.

Os dados mais recentes da Alfândega e Proteção Fronteiriça (CBP) indicam que, no primeiro mês do ano fiscal de 2025, mais de oito mil cubanos entraram ilegalmente nos Estados Unidos.

O relatório apresenta gráficos com os dados gerais e permite especificar por nacionalidades. Um total de 8.261 oriundos da ilha foram detectados pelas autoridades na fronteira, em um contexto marcado por incertezas migratórias e mudanças nas políticas de imigração.

Perguntas frequentes sobre as conversas migratórias entre os EUA e Cuba.

Qual foi o objetivo da reunião entre os EUA e Cuba sobre migração?

O objetivo principal da reunião foi revisar a implementação dos Acordos Migratórios entre os dois países, com a finalidade de garantir uma migração segura, legal e ordenada. Ambas as delegações discutiram os desafios e avanços nos procedimentos migratórios atuais.

Quais foram os temas principais discutidos durante as conversas sobre migração?

Durante as conversas, a delegação americana levantou interesses como facilitar a reunificação familiar e desestimular a migração irregular. Também foi discutida a importância de melhorar o respeito pelos direitos humanos e pelas liberdades fundamentais em Cuba.

Como a política migratória dos EUA afeta os cubanos?

A política migratória dos EUA resultou em um aumento significativo na deportação de cubanos. Até agora, em 2024, 1.255 cubanos foram devolvidos à ilha. Isso reflete um endurecimento das medidas migratórias e uma cooperação mais estreita entre os EUA e Cuba para gerenciar a crise migratória.

Qual seria o impacto da administração Trump nas políticas migratórias em relação a Cuba?

Com uma possível administração de Trump, espera-se um endurecimento ainda maior das políticas migratórias. Tom Homan, designado para supervisionar a segurança fronteiriça, mencionou planos para realizar a "maior operação de deportação" na história dos EUA, o que poderia intensificar as deportações e as restrições migratórias.

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