Uma mulher que trabalha como funcionária do Hospital Infantil Norte Juan de la Cruz Martínez Maceira, conhecido como “La Ondi”, em Santiago de Cuba, foi assaltada e ferida por dois jovens, de acordo com uma denúncia que veio à tona neste domingo.
Em um relatório preliminar no Facebook, o comunicador Yosmany Mayeta denunciou, além disso, que a polícia não se deslocou ao local para investigar o ocorrido, mas mandou a trabalhadora agredida prestar depoimento na delegacia.
“Dois jovens assaltam e ferem uma mulher guardiã no Hospital Infantil ‘La Ondi’ de Santiago de Cuba, e a polícia não vai coletar impressões digitais. Dizem que ela deve ir fazer a declaração”, indicou Mayeta em sua publicação.
O comunicador não revelou a identidade da vítima nem outros detalhes do ocorrido, que gerou a reação de inúmeras pessoas, algumas indignadas e outras preocupadas com a insegurança e a violência social na província e no país.
Uma trabalhadora da saúde refletiu: “Então... eu pergunto e, se alguém ler meu comentário, que me responda se estou errada. Que segurança temos nós, o pessoal que faz plantão em qualquer setor?... porque há muitas mulheres nesses postos... e, por exemplo, o pessoal de saúde como eu, que estamos à mercê de qualquer coisa e que, se já não respeitam os seguranças, podemos ser atacados, como já aconteceu outras vezes, por bêbados que trazem feridos, por familiares de feridos (…), por qualquer um que irrompa para roubar ou cometer outra infração... tendo que andar com armas brancas para nos defender porque não podemos nos permitir ser mortos, e pelo que vejo, a polícia e as leis cubanas estão em silêncio.”
Outra mulher fez um “apelo urgente” às autoridades “para que tomem medidas rigorosas. Não há segurança neste país.”
Muitos opinaram que a criminalidade não é uma prioridade para a polícia nem para outras autoridades, que agem com rapidez e severidade contra aqueles que protestam, reivindicam seus direitos ou se opõem ao governo.
No final de novembro, também foram reportados roubos a pacientes e acompanhantes do Hospital Infantil Sur Dr. Antonio María Béguez César, na própria Santiago de Cuba.
O assalto e a agressão a uma vigilante ocorreram apenas algumas semanas após os assassinatos de outros dois vigilantes que estavam de plantão em seus postos de trabalho: o mercado agropecuário estatal El Santiaguero e o restaurante Café Continental; e do ataque a um terceiro no restaurante El Acuario, que sobreviveu à agressão.
Ambos crimes chocaram os moradores da cidade de Santiago de Cuba e são um reflexo da espiral de violência que se desatou na sociedade cubana nos últimos anos.
Na quinta-feira, as autoridades prenderam o suposto autor dos homicídios, identificado como Alex Recasén Suárez.
O detido teria saído da prisão há cerca de um ano, mas voltou a delinquir, cometendo roubos com força e os recentes assassinatos e agressões a três guardas, segundo informações publicadas por Mayeta.
A investigação policial indica que Recasén não agia sozinho e busca determinar se o homem teria ligação com outros crimes na região.
Perguntas frequentes sobre a insegurança e a violência em Santiago de Cuba
O que aconteceu com a guarda do Hospital Infantil Norte em Santiago de Cuba?
Uma mulher que trabalhava como vigilante no Hospital Infantil Norte "Juan de la Cruz Martínez Maceira" foi assaltada e ferida por dois jovens. A polícia não compareceu ao local para investigar, mas pediu à vítima que fizesse a declaração na unidade policial.
Qual tem sido a resposta da comunidade diante desse incidente?
A comunidade reagiu com indignação e preocupação diante da crescente insegurança e violência em Santiago de Cuba. Muitas pessoas consideram que a delincuência não é uma prioridade para a polícia, que age rapidamente diante de protestos, mas não quando ocorrem crimes.
¿Existen otros casos recientes de violencia en Santiago de Cuba?
Sim, nas últimas semanas, foram registrados vários incidentes violentos, incluindo os assassinatos de dois seguranças em seus postos de trabalho e um ataque a um terceiro. Esses crimes chocaram os moradores e evidenciam uma espiral de violência na província.
Quais medidas as autoridades estão tomando para combater a criminalidade em Santiago de Cuba?
Até o momento, a resposta das autoridades tem sido questionada pela população, que sente que não se está fazendo o suficiente para combater a criminalidade. O suposto autor dos homicídios dos vigilantes foi preso, mas a sensação de insegurança persiste entre os cidadãos.
Como a crise do sistema de saúde está afetando a segurança nos hospitais de Santiago de Cuba?
A falta de segurança nos hospitais é parte de uma crise mais ampla do sistema de saúde, que inclui problemas de infraestrutura e escassez de recursos. Tanto os profissionais da saúde quanto os pacientes estão expostos a roubos e violência devido à ausência de medidas de segurança adequadas.
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