Uma equipe de cientistas identificou uma nova espécie de tarântula que tem surpreendido pelo seu tamanho e características únicas nas profundezas do Parque Nacional Viñales, no oeste de Cuba.
A aranha, denominada Trichopelma grande, é a maior de seu gênero, com machos adultos que atingem até 11,1 milímetros de comprimento de carapaça, aponta o relatório da descoberta.
A descoberta, publicada na revista científica ZooKeys, destaca o valor das Antilhas como laboratórios naturais de evolução e biodiversidade.
Explica, além disso, que a Trichopelma grande não é apenas notável pelo seu tamanho, mas também pela sua aparência peluda e peculiaridades morfológicas, como a distribuição dos seus pelos e a forma distintiva dos seus genitais.
A espécie foi encontrada em uma área protegida do Parque Nacional Viñales, declarado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO e reconhecido como um reservatório de biodiversidade.
Segundo os investigadores, esta aranha apresenta adaptações únicas, incluindo a construção de tocas do tipo "trampa" para se abrigar.
A Trichopelma grande é considerada uma descoberta significativa devido à sua distribuição limitada e à sua aparente escassez, o que pode torná-la uma espécie de interesse para a conservação.
Os pesquisadores estão estudando seu comportamento, habitat e papel ecológico para desenvolver estratégias que garantam sua proteção.
“O achado desta espécie reforça a importância de proteger os ecossistemas únicos de Cuba e destaca quanto ainda há por descobrir em termos de biodiversidade”, afirmou um dos autores do estudo.
Cuba se consolidou como um ponto chave para o estudo de espécies endêmicas, não apenas por seu isolamento geográfico, mas também pela diversidade de habitats que abriga. No caso das tarântulas, o gênero Trichopelma compreende 22 espécies, sendo 11 delas endêmicas da ilha.
A descoberta da Trichopelma grande ressalta a necessidade de continuar explorando e documentando as espécies que habitam em áreas remotas e protegidas, como Viñales.
Este caso não apenas amplia o conhecimento científico, mas também ressalta a importância de preservar a riqueza biológica da ilha para as gerações futuras, concluíram os pesquisadores.
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