Recentemente, três jogadores de handebol cubanos decidiram abandonar a concentração da seleção nacional na França, onde estavam se preparando para o Mundial de Handebol de 2025, previsto para acontecer na Croácia entre 14 de janeiro e 2 de fevereiro.
Os jovens, identificados como Diosel Rondón (21 anos, Granma), Daril Lois González (22 anos, Havana) e Jorge Félix Prent (23 anos, Matanzas), tomaram essa decisão em busca de melhores oportunidades no exterior, conforme informou o jornalista esportivo Francys Romero por meio de seu perfil no Facebook.
Os jogadores faziam parte da delegação cubana que iniciou sua preparação em território francês no dia 8 de novembro.
Segundo Romero, os três atletas aproveitaram a turnê de amistosos contra equipes da segunda divisão do handebol francês para buscar uma mudança de rumo em suas vidas.
"Agora, esses três jovens continuarão suas carreiras fora de Cuba e tentarão se estabelecer no nível profissional do handebol, após resolverem seu status migratório", concluiu Romero.
Na seção de comentários da publicação, alguns usuários sugeriram que os jogadores que fugiram estavam entre os poucos do time que não tinham contratos com clubes profissionais fora de Cuba, uma situação que poderia ter influenciado sua decisão.
Um fenômeno recorrente
A fuga mais recente acontece em um contexto de crescente êxodo de atletas cubanos, que buscam estabilidade econômica e profissional em meio à grave crise econômica que aflige a ilha.
O abandono de Rondón, González e Prent se junta a uma longa lista de deserções em delegações esportivas cubanas durante viagens ao exterior.
Este ano, a seleção cubana de handebol já havia perdido atletas em torneios internacionais.
Em maio passado, Omar Toledano, considerado um dos melhores extremos direitos do país, fugiu da equipe durante o pré-Mundial no México.
Uns meses antes, em dezembro de 2023, cinco jogadoras da equipe juvenil de handebol também escaparam enquanto participavam do Campeonato Pré-Mundial no México.
Até o momento, as autoridades cubanas não confirmaram oficialmente a fuga dos três jogadores.
No entanto, o meio esportivo oficial JIT informou sobre a estadia da equipe na França, destacando a importância deste treinamento para elevar os padrões do handebol nacional.
"Jogar aqui, em um nível superior, possibilita ver as deficiências e trabalhar para solucioná-las. Potencializar nossas fortalezas sem dúvida é essencial. Os rapazes estão receptivos e consideramos que é possível aumentar os indicadores de desempenho da equipe", declarou o presidente da federação cubana, Franklin Guevara, antes de se conhecer a fuga.
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