O Exército Oriental das Forças Armadas Cubanas (FAR) implantou uma ponte tática militar entre o município de Imías e a localidade de Jesús Lores, em apoio aos moradores da região após a devastadora passagem do furacão Oscar no dia 20 de outubro.
“A partir do trabalho desenvolvido pelas unidades de engenharia do Exército Oriental, conseguiu-se deslocar os veículos TMM-3 e garantir a passagem de veículos entre Imías e Jesús Lores”, comunicou o ramo militar em seu perfil no Facebook.
De acordo com vídeos compartilhados, é possível observar que se trata de uma ponte de múltiplos palmos de origem russa com apoio em cabalete, do tipo tesoura, capaz de suportar veículos pesados ou tanques de até 12 toneladas.
As patas do cavalete, que se dobram e se guardam sob cada palmo durante o transporte, podem ser ajustadas mecanicamente para proporcionar a altura da plataforma desejada, o que deve ser feito antes de estendê-la. A ponte pode ser usada separadamente ou integrada em um conjunto.
Também pode ser utilizado junto a outros tipos de equipamentos de ponte e, em caso de necessidade militar, pode ser colocado sob a água para ocultá-lo visualmente.
O jornalista Miguel Reyes, identificado nas redes como Miguel Notícias, lembrou que esta via havia sido afetada pelo furacão Oscar e que a implementação desta alternativa estava adiada devido à complicada situação meteorológica que continua a afetar a região.
Oscar arrasou com a infraestrutura viária no leste de Cuba, onde ainda há várias localidades sem comunicação.
A ponte original que liga Jesús Lores a Imías encontra-se em condições perigosas, incluindo um cano de água que foi arrastado pela cheia do rio Guajacal, que é o que a sustenta precariamente. Também a estrada que conecta Cantillo a La Tinta, no município de Maisí, foi gravemente afetada.
Eduardo Rodríguez Dávila, ministro do Transporte de Cuba, informou sobre outros trabalhos que estão sendo realizados na estrada de Guantánamo – Baracoa.
Por exemplo, na divisa San Antonio – Imías ocorreu uma erosão no km 71,5. “No lado direito da via houve deslizamento, com altura de 14 m, e no lado esquerdo foram observadas fissuras visíveis ao longo e largura de seu corpo”, detalhou o funcionário.
Para a sua reconstrução, “demoliu-se o trecho existente a partir da coroa para eliminar o material deslocado pela fissura. E neste momento, continua-se a conformar o aterro por camadas compactadas”, afirmou.
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