A ativista cubana Diasniurka Salcedo Verdecia compartilhou imagens impactantes de famílias que perderam tudo em Alquízar, após a passagem do furacão Rafael.
Nos vídeos, observa-se a situação em que ficaram duas residências rurais de madeira na província de Artemisa. As casas estão sem telhado e sem paredes. Todos os eletrodomésticos, camas e móveis ficaram molhados e danificados sob os escombros.
"Está tudo. Estragou-se tudo!", diz uma cubana com resignação enquanto coleta os destroços para tentar salvar algumas de suas roupas.
Outra família abandonou sua casa poucas horas antes da passagem do furacão. Eles foram se refugiar com amigos, em uma casa de alvenaria. Graças a essa decisão de última hora, o casal e seus três filhos pequenos estão vivos.
"Íamos ficar aqui, mas um amigo me disse: 'venham para minha casa, que é mais segura'. Hoje pela manhã, quando vimos como estava nossa casa, minha esposa começou a chorar. Eu disse a ela: 'Você precisa se fortalecer, olhe para as crianças, elas estão bem'. Estamos vivos", disse o pai desta humilde família cubana.
A ativista Diasniurka Salcedo emigrou para os Estados Unidos no ano passado sob pressão do regime. A partir da Flórida, ela está promovendo uma arrecadação de fundos e doações para ajudar os afetados pelo ciclone em sua terra natal.
O furacão Rafael atingiu Artemisa no dia 6 de novembro de 2024, com categoria 3 na Escala Saffir-Simpson e ventos de 185 km/h. Causou danos severos em residências, lavouras e infraestruturas.
Em localidades como Alquízar e Güira de Melena, as inundações deixaram bairros completamente alagados e as plantações agrícolas sofreram perdas significativas, afetando a produção de alimentos na região ocidental de Cuba.
O ciclone também causou fortes marés ciclônicas e rajadas de vento em Pinar del Río e Havana, onde mais de 50.000 pessoas foram evacuadas e o Sistema Elétrico Nacional colapsou, deixando grande parte da capital sem eletricidade.
No estádio de beisebol de Artemisa, uma torre de luz desabou, enquanto o hospital provincial sofreu danos em sua estrutura.
Rafael saiu de Cuba pela Baía de Cabañas, mas seus efeitos ainda são sentidos no ocidente, onde persistem algumas áreas de chuvas e riscos de deslizamentos. As autoridades estão realizando avaliações de danos e enviando equipes de resgate para as áreas mais afetadas.
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