Donald Trump conseguiu um retorno histórico à Casa Branca após vencer as eleições de 2024, uma disputa que capturou a atenção mundial e polarizou os eleitores nos Estados Unidos. Essa vitória representa o segundo mandato do republicano, que superou a atual vice-presidente Kamala Harris em uma das eleições mais disputadas dos últimos anos. Com uma alta participação, a eleição confrontou os americanos com questões críticas como a economia, os direitos reprodutivos e a segurança eleitoral.
Trump consolida sua vitória com apoio em estados-chave.
Na madrugada, Trump foi projetado como vencedor em vários estados-chave, consolidando sua vitória com um total de 277 votos eleitorais e 51% do voto popular (70.911.212 votos), superando os 224 votos eleitorais e 47,5% do voto popular (65.999.102 votos) obtidos por Harris. Seu sucesso em estados fundamentais como Geórgia e Pensilvânia, tradicionalmente campos de batalha, foi decisivo. A vitória em Miami-Dade, Flórida, um condado de maioria latina, foi particularmente significativa, pois é a primeira vez desde 1988 que um republicano se impõe nessa região.
Além disso, Carolina do Norte e Wisconsin também contribuíram para garantir o caminho para a Casa Branca, consolidando sua base de apoio em regiões tradicionalmente disputadas.
Uma jornada eleitoral marcada por incidentes e ameaças
O desenvolvimento da jornada eleitoral não foi isento de incidentes. Durante o dia, o FBI precisou intervir devido a ameaças de bomba em centros de votação em estados como Pensilvânia e Michigan. As autoridades atribuíram esses tentativos de intimidação a origens estrangeiras, o que gerou preocupação sobre a integridade das eleições. Em estados como Nevada e Arizona, as longas filas e problemas técnicos atrasaram a votação em alguns centros, que foram solucionados através de uma extensão dos horários.
Os resultados na Florida refletem uma postura conservadora.
A vitória de Trump na Flórida também coinciu com um referendo sobre questões sociais, no qual os eleitores rejeitaram a ampliação do direito ao aborto e não alcançaram o patamar necessário para legalizar a maconha recreativa. Esses resultados refletem a postura conservadora de uma parte do eleitorado, alinhada com a agenda de Trump.
Reações em Cuba e expectativas para o segundo mandato
Na América Latina, a notícia do retorno de Trump gerou múltiplas reações. Em Cuba, onde o mandato anterior de Trump incluiu restrições severas ao turismo e às remessas, muitos cubanos expressam medo diante de um possível endurecimento da política externa de Washington. Um residente de Havana comentou à imprensa local: “Se Trump ganhar, vamos ter que comer os sapatos que nos restam”, refletindo o impacto das decisões americanas na ilha.
O retorno de Donald Trump à Casa Branca gera grandes expectativas e desafios, tanto a nível interno quanto internacional. Com uma agenda renovada de "América em Primeiro Lugar" e uma base de eleitores consolidada, Trump se prepara para liderar um país dividido e enfrentar questões cruciais que definirão o rumo de seu segundo mandato.
As eleições presidenciais de 2024 nos Estados Unidos foram algumas das mais disputadas e polarizadas da história recente, com Donald Trump e Kamala Harris competindo até o último minuto por cada voto eleitoral. Em um ambiente de alta participação, os resultados em estados como a Geórgia e a Pensilvânia foram decisivos para Trump, que consolidou sua vitória no condado de Miami-Dade, na Flórida, refletindo seu crescente apoio entre os eleitores latinos. A vitória de Trump em estados tradicionalmente democratas foi uma surpresa que selou seu retorno à Casa Branca, encerrando um ciclo que ele mesmo havia caracterizado como sua “última oportunidade” de retomar a presidência após sua derrota em 2020.
A campanha de 2024 foi marcada por um clima de tensão e ataques tanto verbais quanto físicos, incluindo uma tentativa de atentado contra Trump em um comício na Pensilvânia. Durante a Convenção Nacional Republicana, Ron DeSantis pediu votos para Trump, destacando que os Estados Unidos precisavam de um líder mais ativo do que o presidente Biden, a quem descreveu como apático para lidar com as complexidades do país.
O que você acha?
VER COMENTÁRIOS (3)Arquivado em: