Familiares da manifestante do 11J em Cuba e presa política Lisniani Rodríguez Isaac denunciou abusos contra a jovem na prisão feminina de Guamajal, em Villa Clara, informou o portal de notícias Cubanet.
Segundo a publicação, a mãe e a irmã da prisioneira -condenada a oito anos de prisão por desacato, desobediência e atentado- relataram que as autoridades penitenciárias têm agredido e abusado da jovem.
Lisdani Rodríguez Isaac, que é gemêa de Lisdiani, afirmou que o chefe do órgão interno de Villa Clara, o major Alberiche, entrou sozinho, sem acompanhamento feminino, no cubículo onde Lisdiani estava deitada, aproximou-se da cama, a destapou e, em seguida, ordenou que ela se colocasse em posição de "firme" diante dele.
Isso, relata Lisdani, viola o regulamento das prisões femininas, onde nenhum homem pode entrar nas celas sem a companhia de uma funcionária.
A jovem, que também foi condenada por participar das manifestações de 11J em Placetas, mas se encontra em licença após ter dado à luz a uma menina, comentou que o repressivo ameaçou sua irmã, prometendo fechá-la em uma cela de punição e depois a levou a um escritório onde a agrediram.
De acordo com o relato, uma detenta contou à família que taparam a boca de Lisdiani enquanto a atacavam para que ela não pudesse gritar, e não lhe deram a saída que lhe correspondia no último fim de semana para que a família não pudesse ver os hematomas visíveis que esse ataque deixou em seu corpo.
As irmãs, conhecidas nas campanhas pela libertação dos prisioneiros de 11 de julho em Cuba como "as gêmeas de Placetas", têm sido vítimas de abusos sistemáticos na prisão de Guamajal. Ambas cumprem uma pena de oito anos de privação de liberdade após sua participação nas protestas de 11 de julho de 2021 (11J) em Placetas.
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