Governo cubano assegura que não há surtos de doenças em Guantánamo após inundações.

A diretora geral de Higiene, Epidemiologia e Microbiologia do MINSAP afirmou que não foram detectadas incidências nem surtos de doenças diarreicas agudas ou respiratórias nos municípios afetados pelo furacão Oscar.

Inundaciones en Guantánamo al paso del huracán Oscar © Facebook/Miguel Noticias
Inundações em Guantánamo com a passagem do furacão Oscar.Foto © Facebook/Miguel Notícias

O governo cubano afirmou que não houve registros de surtos de doenças diarreicas ou respiratórias nos quatro municípios de Guantánamo afetados pelo furacão Oscar, que atingiu o extremo oriental de Cuba há pouco mais de uma semana, provocando severas inundações e a morte de pelo menos sete pessoas, de acordo com dados oficiais.

A doutora Gretza Sánchez Padrón, diretora geral de Higiene, Epidemiologia e Microbiologia do Ministério da Saúde Pública (MINSAP), afirmou ao jornal oficial Granma que, até esta terça-feira, "não foram detectadas incidências nem surtos de doenças diarreicas agudas" nos territórios afetados pelo furacão, embora tenham ocorrido "casos isolados que não necessitaram de hospitalização".

Sánchez assegurou que, da mesma forma, não foram registrados surtos de doenças respiratórias, e acrescentou que “isso não diminui o rigor da vigilância epidemiológica e da luta antivectorial que é implementada em cada território”.

A informação surge dias depois de que o doutor Francisco Durán, diretor nacional de Epidemiologia do MINSAP, alertasse sobre o aumento do risco de doenças em Guantánamo, a região mais afetada pelas inundações causadas pelas chuvas associadas ao furacão.

Em uma entrevista na televisão nacional, Durán indicou que, após ver as imagens dos efeitos de Oscar e receber informações das equipes de trabalho, era necessário adotar “medidas sanitárias urgentes, especialmente em relação à água”, recomendando que fosse fervida e que fossem usadas pastilhas de cloro, cuja distribuição, segundo ele, já estava sendo organizada nas áreas afetadas.

A esse respeito, Sánchez assegurou nesta terça-feira que em todas as áreas de saúde são fornecidos aos residentes tabletes de cloro para potabilizar a água nas residências e doxiciclina para prevenir a leptospirose.

A funcionária do MINSAP informou ainda que promotores de saúde e pessoal da Cruz Vermelha Cubana orientam as pessoas sobre a preparação das sais de reidratação oral, a importância da inspeção autofocal nas residências e outros hábitos de higiene e saúde que, “em situações desse tipo, são decisivos”.

Acrescentou que estão sendo controladas as fontes de água, com a Empresa de Abastecimento de Água e Saneamento, e a Inspeção Sanitária Estadual está supervisionando a qualidade e segurança dos alimentos no comércio atacadista e varejista, nos estabelecimentos gastronômicos de todas as "formas de gestão" e nas doações que estão sendo entregues aos afetados.

Dias atrás, Durán também insistiu que as comunidades afetadas pelo furacão deveriam descartar os alimentos estragados e cozinhar adequadamente aqueles que ainda são próprios para o consumo.

Embora tenha alertado que as doenças diarreicas, respiratórias e digestivas poderiam se manifestar imediatamente, avisou que o risco de dengue e febre do Oropouche aumentaria nas próximas semanas devido ao incremento de criadouros de mosquitos.

O epidemiologista destacou que a crise sanitária se agrava no país, onde mais de 17.000 pacientes estavam internados em meados deste mês, muitos deles em cuidados intensivos, devido à epidemia de dengue que afeta a maior parte de Cuba.

Em 14 províncias foram registrados casos de dengue, enquanto o vírus de Oropouche foi detectado em 15.

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