O cantor porto-riquenho Nicky Jam anunciou nesta quarta-feira, por meio de uma mensagem em suas redes sociais, que retirou seu apoio ao candidato republicano Donald Trump nas eleições presidenciais de 2024.
Em uma mensagem publicada no Instagram, o cantor de música urbana explicou as razões por trás de sua mudança de postura em relação a Donald Trump.
“Minha gente, normalmente eu não sou uma pessoa que responde a esse tipo de coisa nas câmeras ou nas minhas redes sociais”, começou o cantor.
“A razão pela qual apoiei Donald Trump foi porque achei que era o melhor para a economia nos Estados Unidos, onde vivem muitos latinos, incluindo eu, muitos imigrantes que estão sofrendo por causa da economia, e ele, sendo empresário, pensei que era o melhor movimento”, apontou.
No entanto, Nicky Jam expressou sua decepção após as polêmicas declarações do comediante Kill Tony (Tony Hinchcliffe), conhecido por sua proximidade com o entorno de Trump, que durante uma apresentação se referiu a Porto Rico como uma "ilha de lixo".
Essas palavras acenderam a controvérsia e levaram o cantor a retirar publicamente seu apoio ao candidato republicano.
“Nunca na minha vida pensei que um mês depois viria um comediante criticar meu país e falar mal dele. Portanto, renuncio a qualquer apoio a Donald Trump e me coloco de lado em qualquer situação política”, afirmou enfaticamente.
Por fim, encerrou com um contundente: “Puerto Rico se respeita”.
Os eventos que envolveram o humorista Kill Tony ocorreram em um comício de Trump realizado recentemente em Nova Iorque.
Além de suas palavras sobre Porto Rico, também fez comentários desdenhosos sobre os latinos e outros grupos étnicos, que foram recebidos com indignação por diversos artistas da comunidade latina, como Bad Bunny, Ricky Martin e Luis Fonsi (nascidos em Porto Rico), além de Marc Anthony e Jennifer López (nascidos em Nova York de pais porto-riquenhos).
Apesar do descontentamento de alguns latinos, o senador cubano-americano Marco Rubio defendeu Trump, afirmando que: "Porto Rico não é lixo, é o lar de concidadãos americanos que fizeram enormes contribuições ao nosso país".
Antes, Nicky Jam participou de um comício do ex-presidente dos Estados Unidos em Las Vegas, onde não hesitou em subir ao palco com o republicano e até usou um boné vermelho com o lema Make America Great Again, informou o La Vanguardia.
No palco, o astro do reguetón disse se sentir afortunado por conhecer Trump, afirmando que “as pessoas que vêm de onde eu venho não costumam conhecer o presidente”.
Ao mesmo tempo, Nicky Jam afirmou que “precisamos que ele volte (Trump)” à presidência, uma disputa que será decidida em novembro próximo.
Esta declaração de apoio fez com que a icônica banda mexicana Maná retirasse sua colaboração musical com Nicky Jam das plataformas de streaming, considerando o apoio a Trump como um ato de racismo.
Maná manifestou no Facebook seu compromisso com a defesa dos direitos dos nascidos em países latino-americanos, afirmando: “Nos últimos 30 anos, Maná tem apoiado e defendido os direitos dos latinos no mundo. Não existe negócio ou promoção que valha mais do que a dignidade do nosso povo.”
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