Um homem de 59 anos foi assassinado na madrugada de sábado em Havana durante uma tentativa de roubo em sua casa.
O falecido, que atuava como babalawo, foi identificado como José Ángel Regüeiferos Fontanal, conforme noticiou o meio independente Cubanet com base no testemunho de uma fonte próxima à vítima.
O crime ocorreu perto da Esquina de Tejas, na Calçada do Cerro, quando José Ángel tentava impedir que alguns intrusos roubassem sua casa.
A vítima teria falecido após ser mortalmente esfaqueada pelos assaltantes.
“Entraram na casa para roubá-lo, ele viu os homens e 'os atacou'. Em resposta, essas pessoas o esfaquearam e o mataram. Depois, levaram quase tudo da casa e o deixaram coberto com um lençol debaixo da mesa”, contou à referida fonte Ibis Zamora, amiga do homem que perdeu a vida.
O cadáver foi descoberto na manhã deste domingo, 27 de outubro.
Natural do município de Songo La Maya, em Santiago de Cuba, José Ángel Regüeferos Fontanal vivia há anos na capital, onde atuava como babalawo.
Até o momento, desconhece-se se os assassinos foram detidos pelas autoridades ou se estão foragidos. Também não se sabe quais foram os bens roubados da residência.
Familiares da vítima viajaram de emergência para Havana para cuidar do sepultamento e colaborar com a investigação policial. Até o momento, meios oficiais não confirmaram o crime.
Este acontecimento se junta à onda de violência que atinge o país, que enfrenta a pior crise econômica e social em décadas.
No entanto, o governo assegura que a criminalidade está em declínio na ilha, embora reconheça que a população não percebe isso. Uma percepção que é sustentada pelos relatos que aparecem diariamente nas redes sociais e na imprensa independente sobre roubos e todo tipo de crimes violentos.
Dados divulgados pelo Ministério do Interior (MININT) há poucas semanas indicaram que, embora o registro de crimes permanecesse elevado ao final do mês de agosto, os acontecimentos apresentaram uma redução em comparação ao mesmo período do ano anterior.
De acordo com suas estatísticas, que não foram detalhadas, as províncias de Santiago de Cuba, Granma, Ciego de Ávila, Cienfuegos e Sancti Spíritus apresentaram os números mais altos de crimes.
"Embora haja avanços em alguns assuntos e indicadores, o povo ainda não vê os resultados, e é para isso que trabalhamos. No entanto, algumas tendências refletem que o enfrentamento começa a trazer resultados, mas estes se tornarão perceptíveis quando o povo puder percebê-los", disse o primeiro-ministro, Manuel Marrero Cruz.
"Se continuarmos intensificando o combate, poderemos chegar ao momento em que já se comece a perceber, de forma significativa, a diminuição dos delitos e ilegalidades", acrescentou.
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