O Governo do México anunciou na segunda-feira sua disposição para oferecer apoio técnico a Cuba, após o apagão massivo que deixou a ilha sem eletricidade desde sexta-feira.
A oferta, comunicada pela Chancelaria mexicana, inclui assistência da Comissão Federal de Eletricidade (CFE), substituta do Sindicato Mexicano de Eletricitários, Luz e Força do Centro, velho aliado do regime cubano.
Em uma mensagem divulgada pela Secretaria de Relações Exteriores (SRE), destacou-se que a CFE ofereceu seu apoio técnico para a rápida restauração do fornecimento de eletricidade. A Chancelaria reafirmou o compromisso do México de colaborar com Cuba neste desafio, lembrando sua solidariedade com o povo cubano por meio de sua embaixada em Havana, relatou a agência EFE.
O chanceler mexicano, Juan Ramón de la Fuente, está em comunicação constante com seu homólogo cubano, Bruno Rodríguez, para monitorar a situação e coordenar os esforços de apoio. A embaixada em Cuba também mantém contato com as autoridades locais para obter informações atualizadas.
O apagão, que afeta várias províncias, foi atribuído a uma falha no sistema interconectado nacional, que já apresentava problemas devido ao deterioro da infraestrutura energética. Essa situação gerou cortes prolongados de eletricidade, afetando milhões de cidadãos e paralisando atividades essenciais.
Como medida temporal, a União Elétrica de Cuba implementou uma estratégia para dividir o fornecimento de eletricidade em vários sistemas independentes por regiões, com o objetivo de garantir a estabilidade do restante do sistema. A eletricidade será fornecida a diferentes províncias por meio de diversas centrais termelétricas e geração distribuída.
Apesar dos esforços, a crise escalou e os cubanos continuam enfrentando um extenso apagão geral, com muitas comunidades relatando dias sem eletricidade. A situação continua sendo crítica, enquanto o regime cubano assegura que está trabalhando para restabelecer o sistema elétrico nacional.
O Governo dos Estados Unidos afirmou na segunda-feira que está acompanhando de perto o colapso elétrico que Cuba sofreu nos últimos dias e não descarta fornecer ajuda à ilha, embora tenha precisado que o regime cubano não solicitou assistência.
"Nos preocupa o possível impacto humanitário sobre o povo cubano. Como vimos nos últimos anos, as condições econômicas de Cuba, derivadas de uma prolongada má gestão de suas políticas e recursos, aumentaram sem dúvida as dificuldades da população cubana", afirmou em uma coletiva de imprensa Karine Jean-Pierre, porta-voz da Casa Branca, citou a agência EFE.
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