O furacão Oscar tocou terra às 17h50 deste domingo nas proximidades de Baracoa, província de Guantánamo, com ventos de aproximadamente 130 km/h, informou o Centro Nacional de Furacões (NHC) dos EUA.
Segundo as imagens de satélite e os dados de radar monitorados pelo NHC, Oscar entrou em terra pela costa norte do leste de Cuba, perto da cidade de Baracoa, com ventos máximos sustentados da ordem de 130 km/h (80 mph).
Observações anteriores realizadas em voos de reconhecimento da Força Aérea estimaram a pressão mínima central do ciclone em 986 mb (29,12 polegadas), apontou o NHC na atualização de seu aviso número 7 sobre o furacão de categoria 1 na escala Saffir-Simpson.
Às 17h50, o centro de Oscar foi estimado em 20,3 graus de latitude Norte e 74,4 graus de longitude Oeste, coordenadas que o localizavam a cerca de 10 quilômetros (5 milhas) a leste-sudeste de Baracoa e a cerca de 80 km (50 milhas) a leste de Guantánamo.
O Centro de Pronósticos do Instituto de Meteorologia (INSMET) de Cuba confirmou em seu aviso de ciclone tropical nº 7, emitido às 18h00, que Oscar havia tocado a terra nas proximidades de Baracoa.
"Durante as últimas horas, o furacão Oscar continuou se deslocando lentamente para o oeste-sudoeste a uma velocidade de translação de 11 quilômetros por hora", precisou o relatório do INSMET. Os ventos máximos sustentados permanecem em 130 quilômetros por hora, com rajadas superiores, "por isso continua sendo um furacão de categoria um da escala Saffir-Simpson e sua pressão mínima é de 986 hectopascais".
Foram relatadas chuvas e tempestades elétricas nas províncias orientais. Na estação de Punta de Maisí, foi registrado o valor mais significativo de precipitações: 123,5 milímetros, entre às oito da manhã e às quatro da tarde deste domingo, informou.
Os meteorologistas cubanos anunciaram que nas próximas horas continuarão as chuvas, chuvas fortes e tempestades elétricas, associadas ao furacão Oscar, as quais poderão ser fortes e intensas em algumas localidades e nas áreas montanhosas.
Os acumulados de precipitações podem alcançar valores entre 100 e 200 milímetros nas províncias da região oriental, afirmou o relatório.
As condições do tempo continuam a deteriorar-se e nas últimas horas foram reportadas rajadas de vento que ultrapassam os 100 quilômetros por hora na estação meteorológica de Punta de Maisí. A mais significativa foi de 130 km/h, às seis da tarde, e ventos máximos sustentados de cerca de 85 km/h.
Previamente, na estação guantanamera foram registrados ventos sustentados de 80 km/h e uma rajada de 116 km/h por volta das 17h25, sinais claros da iminente chegada de Oscar à região oriental de Cuba. Apenas uma hora antes, às 16h30, foram relatadas rajadas de 103 km/h.
Segundo o INSMET, nas províncias do leste cubano, a força dos ventos aumentará de forma gradual, podendo alcançar velocidades entre 85 e 100 km/h durante a noite deste domingo, com rajadas superiores. Nas províncias de Guantánamo e Holguín, os ventos podem chegar à força de furacão, com velocidades de até 120 km/h em áreas próximas ao olho do ciclone.
Também se prevê a continuidade de fortes marés na costa norte oriental, principalmente em Guantánamo e Holguín, e durante a noite se extenderão até o litoral norte de Las Tunas. Além disso, as inundações costeiras serão de moderadas a fortes em áreas costeiras baixas, incluindo o calçadão de Baracoa.
As províncias de Guantánamo, Santiago de Cuba, Holguín, Granma e Las Tunas estão na Fase de Alerta Ciclônica, enquanto Camagüey permanece na Fase de Alerta e Ciego de Ávila continua na informativa.
As autoridades cubanas instaram a população a se manter informada através dos meios de comunicação e a cumprir com disciplina as orientações das autoridades locais e da Defesa Civil. No entanto, o fenômeno meteorológico pegou muitas pessoas no leste do país de surpresa, que, por não dispor de corrente elétrica há dias, não estavam cientes dos avisos e previsões meteorológicas sobre o furacão.
A chegada de Oscar a Cuba agrava ainda mais a já crítica situação da região oriental, causada pelo apagão geral em que está mergulhado todo o país desde a manhã de sexta-feira, quando colapsou completamente o Sistema Elétrico Nacional (SEN).
Mais de 48 horas depois, as autoridades, diretores da União Elétrica e técnicos das centrais termoelétricas não resolveram o apagão geral, cujas consequências angustiantes sofrem milhões de cubanos.
Desde sexta-feira, as atividades de recuperação do SEN têm sido marcadas por várias desconexões totais e parciais. No sábado de manhã, enquanto se tentava reabilitar, o sistema caiu novamente. À noite, o governo anunciou o restabelecimento da corrente elétrica em apenas 11% do país, mas algo falhou novamente na partida e o SEN voltou a deixar de funcionar.
Na tarde deste domingo, ocorreu outra desconexão total - a quarta desde sexta-feira - após um "disparo" na Central Termoelétrica (CTE) 10 de Outubro em Nuevitas, Camagüey.
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