O processo de restauração do sistema elétrico em Cuba avança lentamente, com apenas 11% da demanda nacional restabelecida, informou Lázaro Guerra, diretor de Eletricidade do Ministério de Energia e Minas.
Em declarações à televisão nacional, o executivo explicou que a região ocidental do país apresentou alguns avanços no reinício das operações, embora persistam sérios desafios no resto da ilha, que ficou completamente sem energia na sexta-feira após um corte maciço de eletricidade.
"Estamos avançando no processo de arranque na zona ocidental, com a termoelétrica de Santa Cruz já em funcionamento, e estamos a caminho de chegar a Mariel para restabelecer o serviço", destacou Guerra.
Explicou que na região central do país, permanece em operação o microsistema que já estava em funcionamento, enquanto a termoelétrica Antonio Guiteras continua em processo de início. Além disso, estão sendo feitos esforços para alcançar a termoelétrica de Nuevitas, detalhou.
No entanto, a recuperação nas áreas orientais tem sido mais lenta. As plantas de Felton e Renté ainda enfrentam dificuldades para se reativar, o que atrasou a restauração completa do serviço nessas regiões.
Segundo o executivo, o plano prevê conectar os diferentes subsistemas elétricos do país à medida que as capacidades de geração permitir.
Até o momento, conseguiu-se restabelecer uma carga de 370 MW, o que representa apenas 11% da demanda total a nível nacional, acrescentou.
Esta cifra reflete o longo caminho que ainda resta a percorrer para que o sistema energético volte à normalidade, enquanto a população cubana continua lidando com as consequências do apagão maciço, que afetou tanto as atividades cotidianas quanto a economia desde sexta-feira.
Uma nota informativa da União Elétrica detalhou neste sábado que "no dia de ontem, o serviço foi afetado por déficit de capacidade de geração durante as 24 horas do dia", e "não foi possível restabelecer o serviço na madrugada de hoje".
"A maior afetacão por déficit de capacidade de geração no horário de pico foi de 1642 MW às 19h20, coincidindo com o horário de pico," disse a entidade estatal.
A nota acrescenta que "estão fora de serviço por combustível 54 centrais de geração distribuída, a patana de Mariel, a CDE Mariel, a patana de Regla, 11 motores da patana de Melones, a CDE Moa e a patana de Santiago de Cuba, totalizando 909 MW, sendo 335 MW na geração distribuída, 390 MW nas patanas, 84 MW na CDE Mariel e 100 MW na CDE Moa".
Também foi afetado o serviço de telefonia e internet na ilha, que além disso está sob a ameaça de um furacão que pode tocar terra no norte da província de Holguín.
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