A cantautora cubana Haydée Milanés enviou neste domingo uma mensagem contundente e emotiva sobre a grave situação que atravessa seu país, denunciando a ineficácia e a indiferença do regime comunista que, segundo suas palavras, só busca manter um poder absoluto à custa do sofrimento do povo da ilha.
"Já não há palavras para descrever o quão mal está Cuba", expressou Milanés em seu perfil no Facebook, referindo-se aos problemas que afligem a nação caribenha, como a falta de alimentos, o colapso do sistema de saúde e a crise energética.
A artista, filha do lendário trovador Pablo Milanés, lamentou que muitas pessoas vão para a cama sem comer e que a atenção médica nos hospitais públicos é precária, ao ponto de que muitas vidas se perdem pela falta de cuidados adequados.
Criticou também que os dirigentes não utilizam os mesmos serviços de saúde nem enviam seus filhos para as mesmas escolas que o povo.
Além disso, Milanés denunciou o abandono em que vivem muitas pessoas que dedicaram suas vidas ao projeto revolucionário, agora recebendo pensões insuficientes que não lhes permitem cobrir necessidades básicas.
Afirmou que as diferenças de classes sociais em Cuba são cada vez mais evidentes e questionou a falta de prestação de contas dos responsáveis pela situação atual.
A cantora também se referiu aos mais de 1.100 presos políticos no país e como aqueles que denunciam as injustiças são perseguidos, vigiados e, em muitos casos, desterrados.
"Cuba não é um país feliz", concluiu, sublinhando que a ilha não merece a dor e o desespero que está vivendo devido à gestão de seus dirigentes.
O regime anunciou neste domingo a suspensão de todas as atividades administrativas não essenciais e das aulas durante os próximos três dias, devido à iminente passagem do furacão Oscar pelo leste do país e os trabalhos para restabelecer o sistema elétrico nacional, totalmente colapsado desde a última sexta-feira.
Em um breve comunicado publicado no site e nas redes oficiais da Presidência de Cuba, o governo informou a decisão de suspender tanto as atividades administrativas que não são indispensáveis quanto as docentes nos dias segunda-feira, 21, terça-feira, 22 e quarta-feira, 23 de outubro, e “manter os serviços vitais para a população”.
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