Cubano obtém cidadania americana, mas um júri ordena sua revogação.

“Obter a cidadania americana de maneira fraudulenta compromete a integridade do processo de naturalização,” comentou Garrett J. Ripa, diretor do escritório de ERO Miami.

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Um júri federal considerou um cubano de Miami culpado de fraude na naturalização depois que ele forneceu declarações falsas sob juramento relacionadas a uma condenação anterior por abuso infantil, como resultado de uma investigação das Operações de Execução e Remoção em Miami.

Orlando Chavez, de 43 anos e originário de Cuba, foi declarado culpado de fraude em seu processo de naturalização e de usar um certificado de naturalização obtido fraudulentamente, informou o Serviço de Imigração e Controle de Aduanas dos Estados Unidos (ICE) em um comunicado.

“Obter a cidadania americana de maneira fraudulenta mina a integridade do processo de naturalização”, comentou Garrett J. Ripa, diretor do escritório da ERO Miami.

“Nossa missão é garantir que os criminosos que escondem seus crimes, incluindo o abuso infantil, enfrentem a justiça, protegendo assim nossas comunidades,” sublinha o ICE.

No dia 11 de setembro passado, Chávez foi considerado culpado de fraude de naturalização e de utilizar um certificado de naturalização obtido de forma fraudulenta, após um julgamento de dois dias no qual foram apresentados depoimentos e provas de que nasceu em Cuba e de seu processo para obter a cidadania.

Segundo um comunicado emitido pela Procuradoria dos Estados Unidos do Distrito Sul da Flórida, o homem apresentou o pedido de naturalização ao Serviço de Cidadania e Imigração dos EUA (USCIS) em 14 de julho de 2017.

Em sua solicitação, e sob juramento, “respondeu falsamente ‘Não’ a duas perguntas: ‘Alguma vez esteve envolvido de alguma maneira com algum dos seguintes: forçar ou tentar forçar alguém a ter algum tipo de comportamento ou relação sexual?’; e ‘Alguma vez cometeu, ajudou a cometer ou tentou cometer um crime ou delito do qual não foi preso?’”.

A nota esclarece que durante o julgamento, apresentou-se evidência de que Chavez havia solicitado a naturalização em 14 de julho de 2017, e mentiu sob juramento ao responder “Não” às perguntas citadas.

Foi naturalizado em 30 de abril de 2018 e utilizou seu certificado para solicitar um passaporte em 19 de maio do mesmo ano.

Em outubro de 2019, Chavez foi condenado por duas acusações de abuso infantil e recebeu uma sentença de 14 meses de prisão e cinco anos de liberdade condicional. A condenação ocorreu após sua naturalização.

Chavez enfrentará sentença em 8 de janeiro de 2025, com um máximo de 10 anos de prisão e a revogação automática de sua cidadania americana, expressa o documento.

Agrega que a investigação se enquadra em uma iniciativa contínua que busca criminosos graves que ocultaram crimes durante o processo de naturalização.

Embora a promotoría não tenha especificado na época, Chávez poderia ser o mesmo indivíduo que em agosto de 2018 foi detido em Hialeah acusado de ter estuprado sua própria filha, de sete anos, em pelo menos duas ocasiões.

Os relatos da imprensa sobre o caso indicaram, então, que a vítima, que na época tinha 11 anos, afirmou que Chávez, seu pai biológico, abusou sexualmente dela quando ela tinha sete.

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