Willy Chirino: "Ontem nos deixou El Taiger e dói-me muito sua partida."

"Te corresponde volar altíssimo, mas sem te afastar em espírito de todos os que sentimos sua morte na carne. Rezo pelo seu descanso eterno", disse em sua sentida publicação após a morte do reguetonero.

Willy Chirino con El Taiger © Instagram / El Taiger
Willy Chirino com El TaigerFoto © Instagram / El Taiger

Willy Chirino compartilhou nas redes sociais uma mensagem emotiva após a morte de El Taiger, junto com um trecho de uma entrevista que o reguetonero havia dado a Enrique Santos.

"Este vídeo publicou Enrique Santos hoje e, pela segunda vez em uma semana, Jose me comoveu com suas palavras. De algum modo, sem compartilhar isso com ele, entendeu muito claramente o que tem sido meu comportamento com os artistas cubanos da outra margem que encontrei pelo caminho desde os anos 80", escreveu Willy no início de sua publicação, na qual se referiu à faceta humana de El Taiger.

“Ayer se nos fue El Taiger e me dói muito sua partida, pois sei que por trás daquela fachada de homem rebelde, que não seguia os padrões exigidos pelas leis, havia um homem de bom coração, amigo de seus amigos que se dava a querer e que tinha muito claro como chegar ao público com suas canções”, continuou.

Chirino lembrou, além disso, um momento especial em um concerto recente: “O dia em que o fui ver em seu concerto no Flamingo, suas primeiras palavras antes de cantar foram 'Viva Cuba livre!' gritado com todas as forças, e durante o show ele levantou a voz para gritar novamente 'Viva os Estados Unidos!'.”

Willy encerrou sua mensagem lamentando a perda e enviando suas condolências: "Hoje choram milhões de seguidores de seu trabalho, choram seus amigos e, acima de tudo, sua família, e para todos eles vai meu mais sentido pesar... Para você, José, cabe voar altíssimo, mas sem se afastar em espírito de todos que sentimos sua morte na pele. Rezo pelo seu descanso eterno".

Poucos dias antes do desfecho fatal, quando o reguetonero se encontrava em estado crítico no hospital após ter recebido um tiro na cabeça, Willy havia mostrado seu apoio e desejos de recuperação: “Hoje estou contigo, José, e peço a Deus para te ver novamente no palco… Oxalá um dia possamos cantar juntos em uma Cuba livre”, disse nessa ocasião, juntando-se às correntes de orações pelo jovem urbano.

El Taiger, cujo nome verdadeiro era José Manuel Carvajal Zaldívar, foi uma das figuras mais reconhecidas do gênero urbano em Cuba.

Com uma carreira marcada por sucessos como "La Historia", "Coronamos", "Washy Pupa", "La Guariconfianza", "Papelito", "Habla Matador", entre muitos outros, destacou-se pelo seu estilo único e sua capacidade de conectar-se com o público. Ao longo de sua trajetória, trabalhou com artistas de renome e sempre se manteve fiel às suas raízes cubanas, levando sua música a palcos internacionais.

Sua morte deixou um vazio na cena do reguetón, mas seu legado continua vivo entre seus seguidores e a indústria musical.

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