Levava seu bebê em estado grave em um ônibus e um policial o parou por 20 minutos em Havana

O pai do bebê doente denunciou que a insensibilidade do policial colocou em risco a vida da criança de apenas três meses de idade.

Hospital infantil en La Habana (Imagen de referencia) © Facebook / Hospital Pediátrico de Centro Habana
Hospital infantil em Havana (Imagem de referência)Foto © Facebook / Hospital Pediátrico de Centro Habana

Um bebê de apenas três meses com falta de ar chegou com risco de vida ao hospital Juan Manuel Márquez, em Havana, no último sábado, depois que um agente de trânsito parou o ônibus que o transportava em emergência por 20 minutos.

O pai do bebê relatou no perfil Miranda Miranda do Facebook que seu vizinho foi o único que conseguiu oferecer transporte até o hospital.

Captura do Facebook / Miranda Miranda

No entanto, durante o trajeto, foram interceptados por um policial que, apesar da evidente emergência, solicitou a documentação do motorista e realizou um teste de bafômetro, ignorando a gravidade da condição do bebê.

O denunciante e sua esposa tentaram desesperadamente fazer o oficial entender que sua filha não conseguia respirar: “A menina continua com falta de ar... uma menina de três meses, e para ele não importou”, enfatizou em seu relato.

Segundo o pai, a demora de 15 a 20 minutos agravou a condição da bebê, que acabou sendo transferida por outro veículo que parou para ajudar.

A menina chegou em estado grave ao hospital e atualmente permanece internada na sala de respiração, indicou.

"Se algo tivesse acontecido à bebê por causa daquele oficial, o que eu faço?", questionou o pai, que além disso denunciou que o motorista que os ajudou foi punido com a retirada de sua licença, o que evidencia a insensibilidade da polícia em Cuba, que em casos como este permanece impune.

O pai pediu que sua história fosse compartilhada nas redes sociais, na esperança de que o caso não fique impune e que as autoridades tomem providências diante da falta de ética do agente.

A polícia cubana frequentemente abusa de seu poder, demonstrando também um alarmante nível de insensibilidade.

Em julho, uma cubana denunciou um caso de abuso policial contra ela, seu esposo e sua mãe, ocorrido em Havana.

“Faço este relato com a intenção de que as autoridades deste país saibam em mãos de quem estão deixando seu povo cubano, cubanos que estão sendo maltratados física e mentalmente pela mesma polícia, que atua a seu modo e conveniência, onde as leis não estão sendo justas, nem cumpridas por eles mesmos”, escreveu Yenisey Borrero Cuéllar na primeira de três publicações nas últimas horas no grupo de Facebook Denunciando Crímenes en Cuba.

Nesse mesmo mês, uma mãe cubana denunciou uma agressão que seu filho sofreu por parte de um policial em Havana, durante uma festa de aniversário.

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