O furacão Milton atingiu o estado da Flórida na noite desta quarta-feira como um poderoso furacão de categoria 3, com ventos de até 200 km/h e ressacas ciclônicas que desencadearam o caos na região.
No entanto, antes que a tempestade mostrasse toda a sua fúria, um fenômeno incomum chamou a atenção dos residentes: o céu se tingiu em várias zonas do estado com uma cor roxa chamativa.
Embora possa parecer surpreendente, esse evento tem uma explicação científica.
O fenômeno por trás de tais colorações é conhecido como dispersão de Rayleigh.
O fenômeno da dispersão de Rayleigh: Por que o céu ficou roxo na Flórida?
A peculiar cor roxa que apareceu no céu antes da chegada de Milton deve-se à dispersão de Rayleigh, um fenômeno atmosférico que também explica por que o céu costuma parecer azul.
Este processo ocorre quando a luz do sol passa pela atmosfera terrestre, que está repleta de gases e partículas.
A luz solar contém todos os comprimentos de onda das cores visíveis, do vermelho ao violeta, cada um com um comprimento de onda diferente.
O violeta e o azul, por terem os comprimentos de onda mais curtos, são os que mais se dispersam ao atravessar a atmosfera.
Em condições normais, o céu aparece azul porque essas ondas curtas se dispersam com maior facilidade.
No entanto, durante tempestades como o furacão Milton, a quantidade de partículas suspensas na atmosfera aumenta de forma notável, alterando a maneira como a luz se dispersa.
Assim, em vez dos típicos tons avermelhados ou alaranjados que costumam aparecer ao anoitecer, o céu pode adquirir um tom roxo devido à interação das ondas vermelhas e azuis com as partículas adicionais geradas pelo fenômeno meteorológico.
Embora impressionante, esse efeito não é exclusivo de Milton. Outros furacões, como Dorian, também tingiram os céus da Flórida com este surpreendente tom roxo.
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