
Uma cena preocupante foi registrada nesta quarta-feira em Santiago de Cuba, onde um grupo de crianças estava jogando bolas por dinheiro no meio da rua.
O jornalista Yosmany Mayeta compartilhou no Facebook o alerta de uma mãe, que informou que as imagens foram tiradas de crianças das escolas Álvaro Barriel e Manuel Ascunce, “jogando bolas por dinheiro em vez de estarem nas aulas às 9:00 da manhã.”
Mayeta refletiu: “Muitos dos que me leem neste momento dirão: ‘isso é normal, eu também fiz isso’, ou se identificarão com essas imagens”.
No entanto, o próprio comunicador apontou que o correto seria que estivessem “estudando e aprendendo alguma profissão que nos prepare para nossas vidas”, embora atualmente também seja comum ver casos de trabalho infantil.
Por último, afirmou: “Se você é inteligente e não desperdiça seu tempo, aprenderá uma profissão que te dará muito mais dinheiro do que ficar jogando numa esquina”.
No entanto, não é a primeira vez que circulam nas redes sociais imagens de crianças e jovens utilizando os jogos como uma forma de ganhar dinheiro.
Em março último, também em Santiago de Cuba, tornou-se conhecido que os apagões noturnos se transformaram no cenário ideal para que um grupo de jovens tirasse as cartas e se dedicasse a jogos de rua por dinheiro, uma prática ilícita perseguida pelo regime durante anos.
Mayeta publicou no Facebook que esta é a maneira que algumas pessoas encontraram para suportar as longas e tortuosas horas sem eletricidade, com calor e a invasão de mosquitos.
O falecido ditador Fidel Castro, após chegar ao poder em janeiro de 1959, proibiu os jogos de azar por lei, ratificada em 2022 no novo Código Penal.
No artigo 281.1 estabelece-se que “quem executar atividades como banqueiro, coletor, apontador ou promotor de jogos ilícitos” será “sancionado com privação de liberdade de um a três anos ou multa de 300.000 quotas, ou ambas”.
Da mesma forma, a lei estabelece que, se o delito "for cometido por duas ou mais pessoas, ou utilizando menores de 18 anos", a sanção será "prisão de três a oito anos".
No artigo 281.1 estabelece-se que “quem executar atividades como banqueiro, coletor, apontador ou promotor de jogos ilícitos” será “sancionado com privação de liberdade de um a três anos ou multa de 300.000 quotas, ou ambas”.
Da mesma forma, a lei estabelece que, se o crime “for cometido por duas ou mais pessoas, ou utilizando menores de 18 anos”, a pena será “de privação de liberdade de três a oito anos”.
No entanto, a existência deste marco legal não impediu que entre os cubanos fosse muito popular “jogar a bolita”, quase uma tradição em muitas famílias.
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