Homem morre após ser esfaqueado em frente à casa da família em Santiago de Cuba

A vítima era chefe do departamento de higiene de um policlínico. Ele foi assassinado por alguns jovens que estavam esfaqueando todos que encontravam.

José Miguel Hechavarría © Yosmany Mayeta Labrada / Facebook
José Miguel HechavarríaFoto © Yosmany Mayeta Labrada / Facebook

Um homem morreu na noite de sexta-feira após ser esfaqueado em frente à casa de sua família em Santiago de Cuba.

Segundo revelou em seu muro do Facebook o jornalista independente Yosmany Mayeta Labrada, o senhor foi assassinado na rua Rastro por alguns jovens que estavam "desferindo facadas em todas as pessoas que encontrassem pelo caminho".

Captura de Facebook / Yosmany Mayeta Labrada

O grupo saía de uma festa de rua nas ruas Martí e Corona, onde começou uma briga. De lá, seguiram pela Rastro, onde a vítima estava visitando alguns familiares.

O falecido, que nestes dias estava completando anos, chamava-se José Miguel Hechavarría (Titi) e era graduado da Faculdade de Tecnologia da Saúde, onde obteve o Título de Ouro na carreira de Higiene e Epidemiologia.

Miguel era chefe do departamento de higiene no policlínico Josué País García do bairro Abel Santamaría.

"O homem estava sentado e chegaram essas pessoas com faca e machete e o sobrinho estava nessa confusão, até que ele se levantou e começou a se separar e lhe deram uma facada nas costas. O deixaram caído por cerca de 10 minutos sangrando sem que ninguém o socorresse, até que eu e duas pessoas o carregamos e o colocamos em uma moto", relatou uma testemunha.

Esta versão dos fatos difere do que contou Dianeya Romero, que se identificou como sobrinha do falecido e afirma que ninguém da família estava envolvido na briga.

"Os filhos da mãe que o apunhalaram vinham de uma festa dando golpes de facão em quem se metesse no caminho e meu tio estava sentado fora, porque a festa dos CDR estava acabando. Deram-lhe duas facadas no pulmão, minha prima foi lançada e um primo meu foi cortado com uma das facas", disse.

"Eles não tiveram nada a ver com o que aconteceu, meus tios estavam trazendo todos os meus primos para casa sem perceber que o que estava caído no chão ensanguentado era meu tio. Nós o levamos para o hospital, onde ele chegou vivo, mas ao entrar na sala faleceu. Uma menina da rua foi quem percebeu que era meu tio porque estava tudo escuro", acrescentou.

Al parecer, os agressores eram cinco, e até o momento não se sabe se foram detidos, mas sabe-se que feriram outras pessoas.

A usuária identificada como Mohana La Más Viral passou de moto pela área do conflito e o que viu lhe pareceu uma "massacre".

"Cortaram um amigo do meu namorado e lhe fizeram uma tremenda ferida na perna, depois, quando ele estava descendo de moto para minha casa na rua que estava antes da linha de Martí, estavam todos eles com facões, limas, facas e todo tipo de armas que parecia a 1ª guerra mundial", descreveu.

Lagnara Megret, residente na área, contou que os jovens estavam desde as 3:00 da manhã aprontando. "Estava dormindo e o escândalo que faziam me acordou, estavam em toda a avenida Martí armados, procurando a pessoa que queriam esfaquear", detalhou.

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