Apagões em Cuba: Camagüey, Matanzas e Granma entre as províncias mais afetadas neste sábado, 28 de setembro.

Camagüey, Matanzas e Granma sofrem os apagões mais prolongados em Cuba neste 28 de setembro. Consulte o mapa interativo de CiberCuba para mais detalhes sobre a situação na sua área.

Mapa de Apagones © CiberCuba
Mapa de ApagõesFoto © CiberCuba

Províncias e municípios mais afetados

Camagüey lidera a lista com um total de 219 relatos, registrando uma duração média de apagões de 7,5 horas. No município de Camagüey, foram reportados 110 cortes elétricos com uma duração média de 7,8 horas. Outros municípios como Santa Cruz del Sur e Guáimaro enfrentam apagões ainda mais longos, com durações médias de 8,5 e 12,1 horas, respectivamente.

Em Matanzas, com 182 relatos, a situação não é melhor. A capital provincial, Matanzas, registra 89 apagões, com uma duração média de 7,4 horas. União de Reyes e Limonar se destacam com durações superiores, alcançando até 8,9 e 8,8 horas de interrupção elétrica.

Por sua parte, em Granma, a duração das quedas de energia é consideravelmente alta, com uma média de 7,7 horas. Bayamo e Manzanillo são os municípios mais afetados, reportando durações de 7,9 e 8,4 horas, respectivamente. Um caso particularmente grave é o do município de Yara, onde um relatório indicou uma queda de energia que se estendeu por 15 horas.

Metodologia do mapa de apagões

Estes dados foram coletados através de um sistema desenvolvido pela CiberCuba que analisa os comentários e publicações em redes sociais. Utilizando técnicas avançadas de inteligência artificial e análise semântica, o sistema é capaz de identificar e verificar os relatos de apagões, determinando tanto a localização quanto a duração dos mesmos.

O mapa interativo de apagões, disponível em nosso site, permite visualizar de maneira clara e detalhada a distribuição dos cortes elétricos em todo o país. Os marcadores azuis indicam a localização de cada relatório, enquanto a cor de fundo das províncias varia conforme a duração média dos apagões: as tonalidades mais escuras representam durações mais longas.

Impacto dos apagões na vida diária

Os prolongados cortes de eletricidade continuam sendo uma preocupação constante para os cubanos, afetando desde as atividades cotidianas até a economia local. A duração e a frequência desses apagões agravam a já difícil situação energética do país, em um contexto onde a demanda de eletricidade supera com folga a oferta disponível.

CiberCuba continuará monitorando a situação e atualizando o mapa interativo com as informações mais recentes fornecidas por nossos usuários. Convidamos você a consultar o mapa e a compartilhar seus relatos para ajudar a manter todos informados sobre este assunto crucial.

Apagões em Setembro

Em setembro de 2024, a crise energética em Cuba se agravou, com apagões que afetaram gravemente a população em diversas províncias, incluindo Havana, Camagüey, Matanzas e Granma. Desde o início do mês, o panorama tem sido caracterizado por um aumento na frequência e duração dos cortes de eletricidade, o que gerou um profundo descontentamento entre os cidadãos.

O mês começou com uma previsão de apagões que se manteria durante todo setembro. No dia 2, foi relatado um dia de apagões em todo o país, exacerbados por falhas em várias unidades termelétricas. Esses apagões foram distribuídos de maneira desigual entre as províncias, o que gerou críticas ao governo pelo que é percebido como um tratamento preferencial a Havana, onde os cortes foram menos prolongados.

No dia 5 de setembro, um apagão em Havana deixou vários municípios sem água devido a uma falha nas instalações de abastecimento, refletindo a interconexão entre a crise energética e os serviços básicos na ilha. Até o dia 11 de setembro, a situação na capital cubana continuava crítica, com múltiplos municípios afetados por interrupções no fornecimento de energia elétrica devido a falhas nos sistemas de distribuição.

À medida que o mês avançava, os apagões se intensificaram. Em 15 de setembro, a União Elétrica de Cuba previu afetacões próximas a 900 MW, o que confirmou o colapso quase total do sistema eletroenergético nacional (SEN). A situação era especialmente grave em províncias como Camagüey, Matanzas e Granma, que enfrentaram apagões de até 12 horas.

No dia 18 de setembro, a crise alcançou um novo pico com relatos de mais de 1.000 MW de déficit, afetando várias províncias e provocando um profundo descontentamento na população. Apesar da chegada de geradores doados pela China, a situação não mostrou sinais de melhora. Até o dia 20 de setembro, os apagões continuaram em diversas províncias, incluindo Villa Clara e Camagüey, onde os cortes de energia se estenderam por mais de 10 horas.

Finalmente, em 26 de setembro, a crise energética em Cuba se agravou ainda mais, com um déficit de mais de 800 MW que deixou grande parte do país sem eletricidade durante a hora de pico. As quebras nas termelétricas e a falta de combustível foram as principais causas desses apagões, que continuaram a afetar gravemente a vida diária dos cubanos.

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