Cubano sofre grave acidente de trabalho no porto de Houston: Por que seus colegas não tiraram a carga de cima?

Se recupera de um grave acidente de trabalho. Ficou preso por muito tempo sob uma carga pesada sem receber ajuda de seus colegas. Aqui te contamos as possíveis razões pelas quais não o assistiram imediatamente.


Um cubano residente no Texas, trabalhador no porto de Houston, sofreu um grave acidente de trabalho quando parte de uma carga de mercadoria desabou e caiu sobre ele, deixando-o preso por mais de 10 minutos sem assistência médica.

O acidente ocorreu enquanto o trabalhador, cujo nome não foi revelado, estava ao lado de um empilhador e uma grande quantidade de mercadorias caiu sobre seu corpo, comprimindo seus órgãos vitais.

Apesar da dor e da angústia, o homem permaneceu consciente e conseguiu gravar um vídeo ao vivo na frente de seus colegas, para denunciar que não o assistiam, embora pedisse ajuda desesperadamente.

"Brother, tira a carga de cima de mim. Estou há mais de 10 minutos aqui, no porto de Houston, com uma carga em cima de mim que caiu, carregando aqui, e não querem tirar de mim. Vou morrer. Eu tenho filhos que precisam de mim. Vão me deixar morrer aqui. ¡Brother, tira a carga!", implorou o cubano.

Afirmava que sua coluna vertebral estava intacta, mas sentia que a pressão da carga comprometia seus órgãos. Os colegas não intervieram, deixando-o à espera da chegada dos serviços de emergência.

Por que ninguém retirou a carga do cubano ferido no porto de Houston?

A demora em atender o trabalhador pode estar relacionada aos protocolos de segurança e responsabilidade legal que regem esse tipo de incidentes laborais nos Estados Unidos.

Em acidentes como o ocorrido no porto de Houston, os funcionários costumam estar treinados para não intervir até a chegada das equipes de emergência especializadas, por várias razões:

1. Evitar agravar as lesões: Em situações de aprisionamento sob uma carga pesada, mover o material sem o equipamento adequado ou sem levar em conta as condições médicas da vítima pode agravar as lesões.

Embora o trabalhador afirmasse que sua coluna estava bem, qualquer movimento incorreto poderia ter causado danos graves que afetariam sua capacidade de recuperação. Esse tipo de risco poderia desestimular os colegas a intervir.

2. Responsabilidade legal: Em muitos casos, os empregadores e os trabalhadores estão sujeitos a rigorosas regulamentações em matéria de saúde e segurança no trabalho.

Atuar sem a capacitação ou o equipamento adequado pode expor a empresa e os funcionários a processos por negligência, especialmente se o estado da vítima piorar como resultado de uma intervenção não autorizada.

3. Dependência dos equipamentos de emergência: Nos Estados Unidos, os equipamentos de emergência, como os serviços de Resgate, estão treinados para lidar com situações de aprisionamento sob cargas pesadas.

Contam com ferramentas especializadas para liberar a vítima de maneira segura, minimizando o risco de lesões adicionais. Por essa razão, é comum que os trabalhadores se abstenham de intervir enquanto aguardam a chegada dos profissionais, embora isso leve a uma demora angustiante para a vítima.

O protocolo de espera pelos equipamentos de emergência, embora frustrante em situações como esta, foi projetado para garantir que a assistência seja prestada de maneira segura e eficaz.

No entanto, a experiência deste trabalhador cubano ressalta a necessidade de revisar os tempos de resposta e os procedimentos que podem fazer a diferença entre a vida e a morte em situações de emergência laboral.

Após longos minutos de agonia, os serviços de resgate chegaram ao local e conseguiram liberar o trabalhador da carga. Ele permanece internado em um hospital, e os prognósticos de recuperação são encorajadores.

Este acidente de trabalho coloca em foco as dificuldades que os trabalhadores enfrentam em situações de risco e levanta perguntas sobre se os protocolos de segurança e assistência no porto de Houston foram adequadamente seguidos.

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