A ativista cubana Berta Soler, líder das Damas de Branco e premiada com o Prêmio Sájarov, foi libertada na manhã desta quarta-feira após quase três dias de detenção arbitrária por parte da Segurança do Estado.
O opositor e ex-preso político Ángel Moya, esposo de Soler, afirmou que a prisão ocorreu no domingo, 22 de setembro, ao sair da sede da organização em Lawton, Havana.
Desde lá, a ativista foi transferida primeiro para a Unidade da Polícia de Aguilera e depois para a do Cotorro.
Durante sua detenção, a líder da maior organização feminina opositora ao regime cubano esteve recluída em celas semidarcadas, sem acesso à água e sem poder ter consigo sua Bíblia, denunciou Moya.
Às 7:00 da manhã desta quarta-feira, foi liberada sem acusações nem multas, e não recebeu ameaças durante seu tempo na custódia, esclareceu.
A notícia de sua prisão havia alarmado familiares e ativistas, já que Moya confirmou que não havia registro da detenção na Polícia.
Antes de sua prisão, Berta Soler havia recebido ameaças de um repressão conhecido como "Felo", que a advertiu sobre a possibilidade de encarcerá-la se ela participasse de uma manifestação.
Apesar disso, a ativista se mostrou decidida, afirmando em uma transmissão ao vivo: "Estarei na rua e só Deus sabe o que pode acontecer. Não há pacto com o repressor".
A Fundação Nacional Cubano Americana (FNCA) emitiu um comunicado exigindo sua libertação, apontando que o ativismo de Berta é um farol de esperança e seu encarceramento injusto representa um ataque à liberdade de expressão e reunião.
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