A crise por falta de água, eletricidade e alimentos continua afetando a população de Santiago de Cuba, onde denunciam que não há estabilidade nos serviços básicos há mais de uma semana.
O usuário do TikTok Jesús de Cuba (@jesusdecuba) denunciou em uma publicação que, após sete dias sem serviço de água, foi obrigado a sair com uma carrinho até a casa de um vizinho que tem cisterna para poder encher alguns galões e ter água para uso pessoal.
Nos comentários de sua publicação, um usuário apontou que as zonas periféricas da cidade estão sofrendo uma crise ainda mais grave, com períodos mais longos sem acesso ao fornecimento de água.
Este problema com a água potável se soma às múltiplas dificuldades que os cubanos enfrentam em sua vida diária, como a falta de eletricidade, a escassez de alimentos e o crescente nível de insalubridade em muitas áreas do país.
A combinação dessas carências está afetando seriamente a qualidade de vida dos cubanos, que lutam para sobreviver em meio a um contexto cada vez mais difícil e que parece se tornar insustentável.
Em setembro de 2024, a escassez de água em Cuba atingiu níveis alarmantes, afetando gravemente mais de 600.000 pessoas.
Os cortes de serviço são relatados em diversas províncias e estão relacionados com os apagões. Em Havana, a situação atingiu um ponto crítico devido à falta de eletricidade para o sistema de bombeamento, gerando a ruptura de uma condutora na Bacia Sul.
A população respondeu com protestos, como os bloqueios de ruas em San Miguel del Padrón no dia 5 de setembro, onde os moradores denunciavam mais de duas semanas sem água, uma situação que também afeta Caibarién, em Villa Clara, com mais de 25 dias sem este importante serviço.
A empresa estatal Aguas de La Habana foi acusada de mau funcionamento ao permitir grandes vazamentos nas ruas, enquanto muitas famílias continuavam sem fornecimento. No dia 23 de setembro, uma aposentada de El Vedado relatou as dificuldades que os idosos enfrentam para obter este importante recurso.
Em Santiago de Cuba, a crise não mostra sinais de melhora, apesar dos investimentos anunciados pelas autoridades, o que tem provocado longos ciclos de desabastecimento, agravando a situação em bairros que estão há meses sem um serviço estável de água.
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