Mais de mil cubanos solicitaram asilo político na Espanha em 2024.

Até 31 de agosto, a Espanha só concedeu asilo político a 20 cubanos, mas esses dados correspondem a casos apresentados em exercícios anteriores.

Cubanos en manifestación en Bilbao (Imagen de referencia) © María Regla / Twitter
Cubanos em manifestação em Bilbao (Imagem de referência)Foto © María Regla / Twitter

Mais de mil cubanos solicitaram asilo político na Espanha nos primeiros oito meses deste ano, segundo dados oficiais do Ministério do Interior entregues ao DIARIO DE CUBA.

Concretamente, 1.104 cidadãos cubanos pediram asilo às autoridades espanholas de janeiro a agosto de 2024.

A ilha caribenha ocupa o 12º lugar na lista de países com solicitantes. No primeiro lugar está a Venezuela (42.044), seguida pela Colômbia (28.033) e pelo Peru (7.272). Os cidadãos desses países estão isentos da exigência de vistos pela União Europeia.

Até 31 de agosto, as autoridades espanholas concederam asilo político a apenas 20 cubanos, mas esses dados correspondem a casos apresentados em exercícios anteriores. Também rejeitaram 368 solicitações e arquivaram outras 292.

Cubanossolicitantes de asilo revelaram ao DIARIO DE CUBA que o mecanismo legal é um "caos". Para obter as citações, é preciso comprá-las no mercado negro e o processo demora três anos ou mais.

As petições de asilo de cubanos na Espanha crescem, mas muito poucos conseguem seu objetivo.

No primeiro semestre, os pedidos aumentaram em mais da metade em comparação com o ano anterior, no entanto, muito poucos foram resolvidos de maneira favorável para a pessoa.

Um informe da Comissão Espanhola de Ajuda ao Refugiado (CEAR) revelou que em 2023 foram registradas 3.082 solicitações de emigrantes cubanos, em comparação com as 1.392 de 2022, um aumento de 54%.

A entidade aponta que, apesar desse crescimento, apenas 1.157 solicitações haviam sido resolvidas, das quais apenas 30 receberam status de refugiado. As outras 1.127 não receberam nenhuma proteção: 777 por resolução desfavorável e 350 por arquivamento.

"Estas cifras representam uma taxa de proteção de 3,7%, uma das mais baixas registradas", advertiu o texto.

Os cubanos enfrentam mais obstáculos para obter qualquer tipo de proteção internacional do que outros emigrantes.

O governo da Espanha alega que eles emigram por motivos econômicos, sem reconhecer de fato o regime cubano como uma ditadura ou uma nação em crise.

¿Qué opinas?

COMENTAR

Arquivado em:


Você tem algo a relatar? Escreva para a CiberCuba:

editores@cibercuba.com +1 786 3965 689