Cubana mostra o hospital materno de Matanzas às escuras no meio de um apagão.

"À noite, você já sabe, tremendo apagão de novo. Um lugar onde há crianças pequenas; mas bem, aqui ninguém acredita em ninguém."


Uma grávida cubana denunciou em suas redes sociais o que acontece no hospital materno de Matanzas quando falta luz à noite.

A jovem, chamada Sheyla, ficou assombrada ao constatar que também nos centros de saúde cortam a luz.

"Incrível, mas verdade, assim é um hospital de maternidade em Cuba. Aqui eram cerca das 10 da noite e estava completamente escuro", disse.

Sheyla, em um avançado estado de gestação, criticou outros aspectos do funcionamento da instituição, como o fato de que nem pacientes nem acompanhantes têm um espaço ou móvel para guardar suas coisas, e que nas salas de espera não há nem uma cadeira para sentar. Ela teve que se sentar na escada.

"E por à noite, já sabes, tremendo apagão de novo. Um lugar onde há crianças pequenas, mas bem, aqui ninguém acredita em ninguém", concluiu.

Dezenas de pessoas comentaram na publicação, indignadas pela crise no sistema de saúde cubano e os perigos que os pacientes enfrentam.

"E como fazem com os bebês que estão graves e precisam de incubadoras ou respiração artificial?", perguntou uma.

"Mas aquela a quem tiverem que fazer uma cesárea de urgência, de mãe," questionou outra.

"¿E as crianças que podem precisar de oxigênio?", interessou-se outra.

No final de julho, uma mãe de Santiago acusou o regime de priorizar eventos festivos em detrimento de serviços essenciais, depois que um apagão a surpreendeu em um hospital infantil, poucos dias após o desperdício de eletricidade no carnaval.

O jornalista independente Yosmany Mayeta Labrada compartilhou no Facebook a frustração da mãe após a falta de energia que ocorreu no Hospital Infantil Sur Dr. Antonio María Béguez César, mais conhecido como La Colonia.

"Assim estamos aqui, depois de dias de desperdício de eletricidade com o Carnaval. É uma falta de respeito que têm com a população, e não veem que aqui vêm crianças pequenas", denunciou a mulher.

Em maio, pacientes e acompanhantes do Hospital Oncológico de Santiago de Cuba relataram uma queda de energia que começou uma tarde e durou várias horas.

A explicação que lhes deram era que a usina elétrica ou o gerador não tinha o óleo que precisava e que deveriam trabalhar sem eletricidade por algumas horas.

"As enfermeiras e nós estamos nos iluminando com a lanterna do telefone", denunciou um afetado. "Ligamos para o Partido e para todos os lugares e ainda continuam cortando a energia."

O que você acha?

COMENTAR

Arquivado em:


Tem algo a reportar? Escreva para a CiberCuba:

editores@cibercuba.com +1 786 3965 689