Um espanhol mostrou no Facebook a que poderia ser a casa dos antepassados de sua esposa em Havana.
Francisco Guijarro, casado com uma cubana que se mudou para a Espanha com cinco anos, tem investigado sobre o que poderia ser a casa da família de sua parceira.
"Não tenho certeza absoluta, mas tudo que estudei me leva a crer que esta foi a casa em El Vedado de Juan Ignacio de Armas e Céspedes (bisavô da minha esposa, Consuelo Primelles)", disse no grupo "Fotos de La Habana".
Guijarro compartilhou imagens de uma regia casa senhorial que, apesar de sofrer o deterioro que apresentam a maioria das habitações em Cuba, se vê que anos atrás foi uma construção sólida e bonita e ainda conserva sua majestade.
Segundo relatou, Juan Ignacio de Armas y Céspedes, o bisavô de sua esposa, foi membro da Real Academia de História de Madri e da Sociedade Antropológica da Itália. "Escreveu vários livros sobre a origem da língua crioula que, de forma incrível, ainda são editados e que conseguimos comprar pela Amazon!", destacou.
"Hoje, meus filhos carregam em seu sangue sobrenomes cubanos tão ilustres como Agramonte, Primelles, De Armas, Céspedes, Zayas Bazán, Socarras e estou muito orgulhoso disso, sentindo falta daquela maravilhosa terra cubana que amamos loucamente", detalhou.
A publicação suscitou muito interesse entre os integrantes do grupo do Facebook.
Vários coincidem que a edificação se encontra na rua 17 e/ H e I, e pertence ao Instituto Cubano de Amizade com os Povos (ICAP), cuja sede está também na 17, mas na calçada do outro lado.
Todos lamentam seu estado de deterioração, como o de tantas propriedades de particulares que o regime confiscou de seus legítimos donos e que anos depois mantém em condições de total abandono e destruição.
"Em Cuba, tudo isso está se perdendo com o passar dos anos, a história, os lugares, as construções de antigamente estão ficando no esquecimento", disse um pai de família.
Por sua parte, Francisco Guijarro falou de sua paixão pela história cubana e pelos muitos personagens históricos importantíssimos que lhe dói que tenham caído no esquecimento.
"Por trás de cada casa de El Vedado e de muitas outras áreas de Havana e de outras cidades de Cuba se escondem histórias fascinantes de grandes lutadores que deixaram uma marca importantíssima no mundo da história, da cultura, da medicina, da economia...", detalhou.
"Me dá uma pena imensa que [a mansão da rua 17] acabe desabando. É uma perda irreparável para a história da família e, como outras muitas construções que caem, uma enorme perda para a história de um país e de seu povo, ao qual quero de todo coração", expressou.
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