Edmundo González revela detalhes de seu exílio: Foi coagido pelo regime de Maduro na residência do embaixador da Espanha.

"O firmaba o enfrentaba las consecuencias", declarou González.


O líder da oposição venezuelana Edmundo González, que teria derrotado Nicolás Maduro nas eleições presidenciais de julho passado, afirmou nesta quarta-feira que foi forçado a assinar uma carta aceitando uma decisão do tribunal supremo do país que reconhece a vitória de Maduro.

"O firmaba o enfrentaba las consecuencias", declarou González em um comunicado dirigido "aos venezuelanos para informar toda a verdade do que aconteceu com minha saída da Venezuela".

González relatou que o fato ocorreu na residência do embaixador da Espanha em Caracas, onde se apresentou a vice-presidenta Delcy Rodríguez e seu irmão, Jorge Rodríguez, presidente da Assembleia Nacional, e lhe apresentaram uma carta que deveria assinar.

"Siguieron horas muito tensas de coerção, chantagem e pressão", acrescentou González, que naquele momento considerou que seria mais útil em liberdade do que preso.

"O regime quer que todos os venezuelanos percam a esperança", mas que ele "jamais os vou trair", afirmou.

O opositor sublinhou que "um documento produzido sob coerção é totalmente inválido, devido à falta grave de consentimento".

Jorge Rodríguez, por sua vez, mostrou uma carta de duas páginas assinada por González e advertiu que o ex-candidato presidencial de 75 anos tinha 24 horas para retratar-se de suas afirmações.

"Se você não negar em 24 horas, vou liberar os áudios. Depende de você, senhor González", disse Rodríguez, referindo-se às reuniões mantidas com sua irmã.

Atualmente, González se encontra na Espanha, onde lhe foi concedido asilo político no início deste mês, após ser emitida uma ordem de prisão contra ele na Venezuela.

O Conselho Nacional Eleitoral proclamou Maduro como vencedor das eleições presidenciais de 28 de julho, o que desencadeou acusações de fraude e protestos massivos, com a oposição publicando resultados de votações online que confirmavam a vitória eleitoral de González.

Esta semana, um relatório da ONU indicou que o governo de Maduro havia intensificado suas táticas repressivas para esmagar protestos pacíficos e manter o poder após as eleições contestadas.

A declaração da autoridade eleitoral foi respaldada pelo Tribunal Supremo do país, embora não tenham sido publicadas cifras oficiais que respaldem a vitória de Maduro.

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