O transporte público é restabelecido em Pinar del Río.

A empresa de transporte reanudou os serviços na cidade sede para os diferentes municípios.

Transporte público en Pinar del Río © Guerrillero
Transporte público em Pinar del RíoFoto © Guerrillero

A Direção Provincial de Transporte em Pinar del Río informou que a partir desta segunda-feira restabelece seus serviços, após vários dias sem mover passageiros devido à insuficiente disponibilidade de combustíveis no país.

Através da rede social Facebook, a emissora Radio Guamá expôs que a empresa recomeçou os serviços urbano e suburbano na cidade-sede em direção aos diferentes municípios.

Publicação do Facebook/Radio Guamá

A instituição anunciou na última quinta-feira, dia 12, a adoção de várias medidas, entre as quais estavam:

Suspender o transporte público na cidade capital a partir do sábado, 14 de setembro.

-Paralisar as rotas intermunicipais, da cidade capital até o restante dos territórios, as quais serão restabelecidas quando a disponibilidade de combustíveis permitir.

- Suspender as saídas do trem que cobre a rota Pinar-Habana.

A saber, as medidas chegaram ao fim e tudo volta à "normalidade", de acordo com o post.

A situação do transporte em Cuba é catastrófica. Às vezes, por falta de combustível e em outras ocasiões pelo desuso do parque de veículos na ilha, carente de peças de reposição e com anos de exploração que ultrapassam os previstos pelos fabricantes.

O mandatário cubano Miguel Díaz-Canel reconheceu a crise neste setor, mas justificou que se trata de um fenômeno vinculado à crise mundial.

Durante um de seus programas de YouTube 'Desde la Presidencia', que ele mesmo apresenta, o governante afirmou que o setor se encontra nos "piores momentos dos últimos anos".

Ao final de abril, 52 por cento das rotas das empresas provinciais de transporte estavam paralisadas, indicou o ministro de Transporte (Mitrans), Eduardo Rodríguez Dávila, ao jornal oficialista Granma.

Segundo dados do funcionário, anteriormente eram transportados diariamente 5,9 milhões de viajantes e agora apenas 2,7 milhões; por isso, muitas pessoas são obrigadas a usar o transporte privado, cujos preços costumam ser inacessíveis para a maioria dos cubanos.

A crise chega a tal ponto que o município especial da Ilha da Juventude enfrenta um grave risco de ficar isolado.

Rodríguez Dávila disse sobre este tema que garantir o transporte para e a partir da Ilha sempre foi uma prioridade, mas o envelhecimento das embarcações e a falta de manutenção adequada estão levando a situação ao limite.

A tono com essa situação, recentemente o coordenador nacional dos Comités de Defesa da Revolução (CDR), Gerardo Hernández Nordelo, fez críticas ao presumir da força da organização por conseguir colocar em funcionamento um ônibus meio quebrado em Villa Clara.

"Onde há cederistas não há fantasmas! E muito menos em Camajuaní!", escreveu Hernández em suas redes sociais, junto ao vídeo onde ele é visto empurrando um ônibus com um grupo de pessoas.

Longe de ser engraçada, a situação de empurrar uma guagua reflete um problema que afeta diretamente a vida cotidiana de milhares de cubanos que dependem de um sistema de transporte em colapso.

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