Expulsam da UNEAC a intelectual Alina Bárbara López por criticar o governo cubano.

A acadêmica e ativista cubana foi detida em abril pela polícia política em Matanzas. Ela apresentou uma denúncia formal no Tribunal Militar contra os agentes da Segurança do Estado que a reprimem por pensar diferente.

Alina Bárbara López Hernández © Facebook/Alina Bárbara López Hernández
Alina Bárbara López HernándezFoto © Facebook/Alina Bárbara López Hernández

A intelectual Alina Bárbara López Hernández foi expulsa da União de Escritores e Artistas de Cuba (UNEAC), conforme informou em suas redes sociais.

"Estou certa de que 'a ordem de combate' da UNEAC foi decidida em outras instâncias. A essas instâncias esclareço algo importante: Continuarei sendo uma intelectual, uma cidadã e uma cubana digna mesmo fora dessa organização que se desonrou há muito", disse López no Facebook.

A medida foi comunicada em uma reunião com a diretoria provincial da UNEAC em Matanzas. A acadêmica não teve possibilidade de apelação.

A UNEAC acusou a catedrática de ter realizado "atividades contra a revolução", demonstrar solidariedade com o movimento de 11 de julho e publicar conteúdo na mídia contra líderes políticos, principalmente em sites como La Joven Cuba e CubaxCuba.

Durante o encontro, foi impedido a López Hernández acessar uma cópia do documento oficial que justificava a sanção, o que ela considerou um ato de "covardia" por parte da UNEAC.

A intelectual afirmou que essa medida parece estar motivada pela pressão da Segurança do Estado mais do que pelos critérios de artistas ou escritores.

Reitero que suas análises sempre foram objetivas e fundamentadas em seu trabalho como ensaísta e historiadora.

Apesar da destituição imposta pela UNEAC, López Hernández continuará exercendo seu direito à liberdade de expressão em Cuba e manterá sua postura crítica de fora da organização.

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