El Micha continua no centro da polêmica e não apenas pelos já frequentes viagens a Cuba para cantar, mas também pelas posturas que tem adotado, em grande parte dando as costas ao exílio cubano em Miami.
Em uma recente entrevista para Tony Dandrades, o reguetonero deixou claro que tem intenções de continuar vivendo em Miami e viajando a Cuba para cantar para seu público, principalmente depois de seu último disco, para o qual gravou vários videoclipes na ilha.
O reguetonero explicou por que sua postura em relação a Cuba mudou: “Percebi quem sou, de onde venho, quando você começa a olhar para trás, precisa se dar conta de tudo o que conquistou por si mesmo.”
Quando Dandrades lhe lembra que está vivendo em Miami e que ao governo daquela cidade não gosta dessas duas águas, o cantor replica: “Eu penso que já estamos em 2024, que já nos demos conta de que muitos dos que falaram sobre isso por este lado sempre foi para seu benefício, porque poucos dos que falam desse tema por este lado vivem mal.”
“Eu estarei trabalhando frequentemente em Cuba”, assegurou o artista, e quando Dandrades lhe disse que pessoas como Emilio Estefan, com quem já trabalhou anteriormente, não veriam isso bem, acrescentou: “Ele tem que me entender (…) Emilio sabe que é minha família, eu o amo muito, mas eu não posso deixar de ser eu por causa do que Emilio pensa nem do que ninguém pensa”.
“Aqui já me sentia afogado, sentia que sim estava trabalhando, estava funcionando como artista, mas sempre havia um ataque contra mim, sempre havia uma situação desagradável para mim sem eu tê-la procurado, sem me meter com ninguém (…) já me deram muitos golpes. Já me disseram que sou policial, que sou comunista, tudo o que quiseram me dizer, então sinto a obrigação de ficar bem comigo, não com ninguém, já terminei e meu trabalho não é falar de política”, afirmou El Micha.
“Os que me fizeram a mim foram os cubanos, não foram as pessoas de Miami, não foram as pessoas de outros lugares, quem me fez foram os cubanos, o povo, a gente”, diz muito convencido.
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