Cubano conta sua experiência nos EUA: "Os primeiros anos são de aprendizado"

Cubano nos EUA relata os desafios dos primeiros anos e chama os I-220A a se manifestarem em Washington pelos seus direitos migratórios em outubro.


Magdiel, um cubano que se encontra nos Estados Unidos sob o status migratório I-220A, compartilhou sua experiência sobre os desafios de adaptação em um país desenvolvido, destacando as dificuldades econômicas e sociais que os imigrantes enfrentam.

"A gente em Cuba pensa que chegar aos Estados Unidos é ter dinheiro, casa e carro, mas não sabem que se chega sem uma ideia de como funciona a economia de um país desenvolvido", afirmou Magdiel em seu perfil no TikTok (@mag_el_cubano).

Explicou que adaptar-se à realidade econômica dos Estados Unidos é um processo que começa por entender as grandes diferenças com a economia da ilha e aprender uma nova forma de gestão das finanças pessoais.

"Quando você chega, não sabe como funcionam os cartões de crédito nem o mercado, não sabe como nada funciona. Simplesmente, quando alguém chega, faz tudo errado, e se você não tiver alguém que o guie, é pior. Os três ou quatro primeiros anos são de aprendizado. Se você fizer tudo certo, a partir do quinto ano começa a ser alguém", disse.

O status I-220A permite que as pessoas permaneçam no país sob supervisão enquanto as autoridades migratórias determinam sua situação. No entanto, aqueles que se encontram sob essa figura enfrentam processos legais que complicam ainda mais sua situação, gerando estresse e incerteza.

Magdiel também falou sobre a realidade econômica que muitos imigrantes vivem nos Estados Unidos, desmentindo as ideias errôneas que alguns cubanos na ilha têm sobre a vida no país vizinho.

"O que ninguém diz é que é difícil reunir dinheiro nos Estados Unidos. Você tem tudo, mas vive dia a dia. Trabalha, recebe seu cheque e paga todas as suas dívidas, seu aluguel e suas contas. As pessoas em Cuba acham que viver nos EUA é fácil porque você anda de carro, tem a geladeira cheia de comida e acreditam que você tem dinheiro no banco, mas isso nem sempre é assim. A realidade é que quase nunca funciona dessa maneira", explicou.

Apesar das dificuldades, destaca que é possível ter uma boa vida com esforço e austeridade nos primeiros anos: "Dá-se uma vida digna, mas isso envolve muito sacrifício", alertou.

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