O governo do México continua financiando o regime cubano com a contratação de 363 médicos que chegaram recentemente ao país, em um acordo que gerou polêmica devido à crise de profissionais do sistema de saúde pública na nação caribenha.
A Embaixada de Cuba no México informou no Facebook que na última sexta-feira chegaram 182 médicos especialistas cubanos através do Aeroporto Internacional Felipe Ángeles (AIFA), localizado no município de Zumpango, no Estado do México, a cerca de 45 quilômetros ao norte da Cidade do México.
“Colaborarão, junto com seus colegas mexicanos, na atenção à saúde dos mais necessitados em sete estados do país”, presumiu a missão diplomática cubana na rede social.
Da mesma forma, a Embaixada de Cuba no México enfatizou no Facebook que no sábado também chegaram outros 181, que foram localizados em nove estados daquele país.
A chegada desses novos médicos cubanos cumpre o anúncio feito pelo México em julho passado, quando informou que elevaria para 3.800 o número de médicos contratados para trabalhar no país.
Esta medida se insere no programa IMSS-Bienestar, que busca melhorar a atenção médica em 23 estados mexicanos.
Zoé Robledo Aburto, diretor do Instituto Mexicano do Seguro Social (IMSS) e responsável pela consolidação do IMSS-Bienestar, afirmou em uma entrevista ao jornal de esquerda La Jornada que este novo órgão enfrenta desafios importantes para garantir a operação dos serviços médicos e assegurar que os usuários recebam atendimento de qualidade e gratuito.
O regime de Havana precisa de receitas que antes lhe eram fornecidas em grande quantidade pelas missões médicas, e o México tem sido aliado e sustentáculo do governo liderado por Miguel Díaz-Canel, não apenas com o envio de combustível e ajuda humanitária, mas também por meio de convenções como a contratação de médicos.
No entanto, no início do mês, a vereadora de Saúde em Ayotoxco de Guerrero, no estado mexicano de Puebla, ordenou a prisão de dois médicos cubanos que recentemente chegaram ao município para prestar serviços no hospital comunitário daquela população rural.
De acordo com um vídeo divulgado pela imprensa local, a funcionária "confundiu" os médicos “com criminosos” e, apoiada por uma patrulha, os transferiu para o Palácio Municipal, onde foram retidos sem justificativa, embora depois tenham sido liberados.
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