Lis Cuesta, agradecida com seus seguranças: "Entregam tanto em troca de tão pouco"

A esposa de Miguel Díaz-Canel voltou a chamar a atenção na rede social X (antes Twitter) ao reconhecer os baixos honorários que recebem os membros da segurança pessoal dos dirigentes do Partido Comunista de Cuba.

ACN © Lis Cuesta (derecha), junto a Miguel Díaz-Canel, rodeados de guardaespaldas
ACNFoto © Lis Cuesta (direita), junto a Miguel Díaz-Canel, rodeados de seguranças.

Lis Cuesta, esposa do mandatário cubano Miguel Díaz-Canel, voltou a chamar a atenção na rede social X (anteriormente Twitter) ao reconhecer os baixos honorários recebidos pelos membros da segurança pessoal dos dirigentes do Partido Comunista de Cuba. "Entregam tanto em troca de tão pouco", admitiu a primeira-dama, em um retuit com comentário à felicitação que seu marido publicou por ocasião do 63º aniversário da criação da Direção de Segurança Pessoal.

Tampouco passou despercebida uma frase de Lis Cuesta, reconhecendo que os seguranças ajudam "em todas as vertentes da vida". A primeira-dama não esclareceu se, além de garantir sua segurança, também assumem tarefas domésticas fora de sua função.

A reação dos internautas não se fez esperar. A usuária que se chama Aladina criticou a primeira-dama pelo baixo salário que os seguranças recebem e pediu a libertação de uma presa política do 11-J. "Você mesma disse, nem a essas pessoas vocês pagam bem. #CUBA #CubaPaLaCalle!!!!!!!!!!!! Liberdade para Lizandra Góngora, mãe de 5 filhos, presa em Ilhas de Pinos!! Só falta que a coloquem no Presídio Modelo!!!", escreveu.

Outros se surpreenderam que a esposa de Díaz-Canel tenha segurança pessoal apesar de não ocupar nenhum cargo no organograma do regime. A tuitera "Abuelita tóxica" lhe fez essa recriminação, aludindo à origem da mulher de Díaz-Canel. "E você, que é alguém sem importância, tem segurança pessoal? Como você progrediu, guajira."

A diferença de Fidel e Raúl Castro, a Díaz-Canel é mais cercado de seguranças, talvez porque a ditadura esteja consciente da desaprovação popular que sua presença provoca. Não podemos esquecer a famosa frase "Díaz-Canel, singao", que se tornou um hino de protesto contra o sátrapa que mantém centenas de presos políticos nas prisões por se manifestarem pacificamente no dia 11 de julho de 2021. Além disso, com ele à frente do regime, ocorreu a maior emigração de cubanos da história. Somente nos últimos dois anos, mais de meio milhão se mudaram para os Estados Unidos, sem contar que sob seu mandato ocorreu o maior deterioro dos serviços públicos básicos da Ilha.

Uma amostra da fraqueza de Díaz-Canel foi dada pelo regime quando ele apareceu na marcha propalestina realizada em Havana em novembro de 2023 e a cúpula do PCC apareceu completamente blindada por seguranças.

Também em março deste ano, Díaz-Canel se vangloriou de ser muito querido em Santiago de Cuba, mas se apresentou lá armado até os dentes com pessoal de segurança, que mal lhe permitia cumprimentar com naturalidade os procastristas que se aproximaram para agradecê-lo pelas horas de apagão, pelas ruas sem asfalto ou pelos armazéns vazios.

A primeira-dama está há uma semana recebendo comentários infelizes nas redes sociais. No dia 3, lamentou a destruição em Gaza e os usuários do Twitter se levantaram em massa para lembrá-la que o regime que está à frente de seu marido conseguiu destruir Cuba sem bombas.

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