Em meio ao ambiente aquecido que deixou a fraude do chavismo nas últimas eleições, o governante Nicolás Maduro anunciou a antecipação do Natal na Venezuela para 1º de outubro.
Segundo anunciou em um discurso televisionado, a medida responde às "boas perspectivas econômicas" do país, uma afirmação que contrasta com a realidade de uma nação mergulhada em uma profunda crise econômica e social.
O anúncio foi feito durante a transmissão de seu programa "Con Maduro+", onde o presidente assegurou que, apesar dos "ataques fascistas", a "revolução bolivariana" continua de pé.
Embora não seja a primeira vez que o governante aposta em tais manobras de distração, a decisão parece ser mais uma estratégia para desviar a atenção dos graves problemas que seu governo enfrenta, especialmente após as eleições de 28 de julho, amplamente denunciadas pela oposição e pela comunidade internacional como fraudulentas.
A proclamação de Maduro como vencedor nessas eleições desencadeou uma onda de protestos e um clima de crescente tensão no país. A oposição, liderada por figuras como Edmundo González e María Corina Machado, denunciou não apenas a fraude, mas também a repressão brutal que se seguiu às manifestações.
Além disso, o recente confisco do avião presidencial de Maduro por parte dos Estados Unidos, em uma clara mensagem de pressão internacional, agrava ainda mais a situação. Este fato, junto com a ordem de prisão emitida contra o presidente eleito pelos venezuelanos, reforça a percepção de que a antecipação das festividades natalinas não é mais do que uma cortina de fumaça para distrair o povo venezuelano da verdadeira crise que atravessa o país.
O ambiente na Venezuela é de crescente descontentamento, e muitos veem neste adiantamento natalino uma tentativa desesperada de Maduro para manter a calma em uma sociedade que cada vez mais desafia sua autoridade. Enquanto o regime tenta projetar normalidade e paz, a realidade é que o país se encontra à beira de um novo estourar social.
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