Governo cubano desmente anúncio sobre novas medidas para "corrigir distorções"

O Ministério do Comércio Interior qualificou de falso o anúncio que foi divulgado nas redes sociais.

Envase manual del aceite destinado a la canasta básica © Collage X/@BetsyDazVelzqu2
Envase manual do óleo destinado à cesta básicaFoto © Collage X/@BetsyDazVelzqu2

O governo cubano desmentiu nesta segunda-feira um anúncio sobre novas medidas para "corrigir distorções" que estava circulando em diferentes plataformas de redes sociais.

O Ministério do Comércio Interno (Mincin) publicou no X que a notícia que está sendo divulgada, referente a supostos ajustes na cesta básica normada em relação a novas medidas para corrigir distorções na economia cubana, é falsa.

Em seu comunicado, o Mincin lembrou que a situação da cesta foi explicada recentemente nos meios de comunicação oficiais. Além disso, exortou a população a se manter informada por meio dos canais oficiais do organismo.

O certo é que as faltas nos produtos que o regime norma para sua população continuarão durante o mês de setembro, onde os cubanos deixarão de receber o café e o óleo, há faltas na distribuição de açúcar e não se completam as libras dos demais por mais um mês consecutivo, enquanto as autoridades continuam chamando para a “resistência criativa”.

Segundo explicou a meios oficialistas Betsy Díaz Velázquez, ministra do Comércio Interior, em Cuba “não temos previsto para o mês de setembro, assim como não houve em agosto, nem óleo, nem café”.

Embora não sejam supridas as lacunas no arroz, pois a diretiva afirmou que, agora, é que em 12 províncias serão completadas as sete libras de arroz da cesta básica normatizada de agosto.

Os maiores afetados serão os habitantes de Santiago de Cuba, cujos consumidores receberão seis libras de arroz, em Granma com quatro ou cinco, e Guantánamo, que deve completar as sete per capita, disseram em um relatório da estatal Agência Cubana de Notícias.

Outro produto afetado é o açúcar, já que o governo continua sem conseguir solucionar a falta, uma das mais demandadas, sobretudo no início do ano letivo e nos lanches dos estudantes. Segundo disseram, estão buscando alternativas como a importação de alguns volumes.

Al parecer, o que os cubanos residentes na ilha terão com certeza neste nono mês do ano é sal e ervilhas, embora em relação ao primeiro haja variações dependendo da região do país onde o consumidor reside.

“Há um navio com duas mil 800 toneladas no porto de Havana, que nos permitirá nos atualizar com as províncias ocidentais, enquanto que para o centro e leste do país será feito com caixas e contêineres a partir das extrações de salineiras do leste cubano”, especificou a ministra.

Por sua parte, esperam a chegada de um carregamento de ervilha, produto que foi assegurado durante junho, julho e agosto, pois foi descarregado um navio em Santiago de Cuba e, anteriormente, outra quantidade de ervilhas em Cienfuegos, e está sendo feito o transporte, apontou.

Apesar da insuficiente produção nacional de alimentos, da escassez de divisas para exportação e de uma crise de combustível que afeta os transportes, o regime cubano afirmou, em julho passado, que manterá a cesta familiar normada, embora reconheça a falta de recursos.

"Casi todos os produtos da cesta básica precisam ser importados, e esta é a prioridade na hora de destinar divisas para investir", expôs o primeiro-ministro Manuel Marrero Cruz em uma sessão da comissão de Atendimento aos Serviços, antes do terceiro período ordinário de sessões da décima legislatura.

Vale lembrar que no início do mês de julho, os habitantes de Holguín receberam a falta de arroz que o governo lhes devia de junho. Um cenário semelhante ocorreu em toda a zona oriental da ilha.

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