Um mercado atacadista chinês que foi inaugurado em julho em Havana fechou suas portas até novo aviso e sem qualquer explicação.
"Este é o mercado chinês que abriram em Centro Habana, dá para ver que é chinês, não ficou aberto nada", disse o cuentapropista Yosniel Gonzalez no grupo de Facebook MIPYME Habana.
Também o youtuber conhecido pelo seu canal "Vámonos con Juanka" compartilhou seu espanto ao ver o chamado "Costco Chino" fechado e se pergunta o que pode ter acontecido.
"Hoje me dispus a fazer compras no enorme mercado atacadista chinês que causou sensação há alguns dias nas redes sociais. Minha surpresa ao chegar foi encontrar este cartaz na entrada anunciando o fechamento até novo aviso", relatou no Facebook.
"Os motivos? Desconhecem-se. Os assistentes ao local estavam visivelmente surpreendidos e até houve quem especulasse sobre a possível causa deste fechamento repentino", acrescentou.
Nas redes sociais abundam os comentários sobre a causa do fechamento do local a pouco mais de um mês de sua abertura, mas por enquanto tudo fica em suposições e conjecturas.
"Aos filhos e netos dos dirigentes deste país não lhes convêm negócios como esse fazendo concorrência, porque os deles não vendem depois", afirmou um trabalhador autônomo.
"Lo bom não dura muito... alguém não se conforma com os preços tão econômicos", apontou um informático.
"Não se encaixa porque funciona muito bem. Agora fecham e quando abrirem verão as adaptações ao sistema apagonia", assegurou outro cuentapropista.
O novo mercado atacadista China Import, localizado em Manglar e Oquendo, Centro Habana, perto do mercado de Cuatro Caminos, capturou imediatamente a atenção dos empreendedores cubanos devido à sua ampla variedade de produtos e seus preços competitivos.
O usuário do Facebook "Cubano De Pura Cepa" celebrou o retorno desse tipo de comércio a Havana após 60 anos e precisou que a oferta do negócio chinês era tão diversa que "tem de tudo como em botica".
Explicou então que os produtos podiam ser comprados em moeda nacional (MN) à taxa de câmbio informal do dia e que seriam aceitos pagamentos por transferência em MN e em MLC, embora a princípio essa opção não estivesse disponível, pois enfrentavam problemas técnicos com as plataformas de pagamento em Cuba.
O fato de que os compradores pudessem pagar em MN à taxa de câmbio informal vigente era uma opção muito atraente para os empreendedores, mas inacessível para o cubano comum.
Outra usuária, Lisandra Martín, mostrou sua surpresa diante da modalidade de preços em dólares e se perguntou o que aconteceria se as mipymes adotassem este sistema de "câmbio ao preço do dia".
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