Governo cubano confirma aumento do consumo de drogas em escolas secundárias e pré-universitárias.

O governo admite a disponibilidade de substâncias e a presença em centros educativos.


O regime cubano confirmou nesta quarta-feira um preocupante aumento no consumo de drogas dentro dos centros educacionais do país, um aumento que é atribuído diretamente à maior disponibilidade de entorpecentes na ilha.

No programa oficialista Mesa Redonda, o Coronel Juan Carlos Poey Guerra, chefe do órgão antidrogas do Ministério do Interior (MININT), expôs que se mantêm os relatórios de ocorrências nos níveis de ensino, embora as maiores afetações sejam do Ensino Secundário Básico, Técnico Profissional e Pré-universitário.

No mês passado de abril, o governo admitiu a presença de substâncias entorpecentes entre os jovens e deficiências no controle e enfrentamento dessa problemática social.

O doutor Alejandro García Galceran, diretor do Centro de Saúde Mental de Centro Habana, afirmou em declarações ao diário oficial Granma que foi observado um aumento significativo no consumo de substâncias psicoativas nos últimos anos, particularmente entre adolescentes e jovens, que representam o grupo mais vulnerável.

Este miércoles, o popular reguetonero Ja Rulay surpreendeu seus seguidores nas redes sociais, ao enviar uma mensagem contundente à Polícia Nacional Revolucionária (PNR), onde insta as autoridades a tomarem medidas drásticas contra o tráfico de drogas.

Se referiu especificamente a uma perigosa droga sintética conhecida como "o químico" que está circulando na ilha e afeta até mesmo os adolescentes.

Não é a primeira vez que de alguma forma esse consumo por parte de menores no país transcende, de maneira intencional ou supostamente de forma acidental, como foi informado no caso de três crianças de Villa Clara que foram hospitalizadas no início deste ano por consumirem balas de maconha encontradas em cestos de lixo do aeroporto internacional Abel Santa María de Santa Clara.

Vale recordar que em 2022, pelo menos quatro menores de idade que estudavam na escola esportiva da província de Artemisa consumiam maconha, segundo revelou a imprensa oficial cubana citando autoridades de saúde locais.

“Quatro jovens menores de 18 anos consumiam maconha na Escola de Professores de Educação Física José de la Luz e Caballero, em Güira de Melena! Não sei você, mas eu fiquei extremamente alarmado com a informação, fornecida por Ireno David Esquijarrosa Cueto, funcionário que atende Saúde Mental na Direção Provincial de Saúde Pública”, revelou nesta terça-feira um relatório do jornal local El Artemiseño.

Em sua presença radioteleviva, Poey apontou os cubanos residentes no exterior como os principais responsáveis pela situação, ao expor que um estudo revelou que as principais afetações vêm do exterior.

Nesse sentido, manifestou que se mantém a intenção de comunitários de introduzir entorpecentes no território nacional por meio da via aérea, utilizando passageiros, cargas e envios postais, combinando modos de operar e disfarçar tradicionais com outros novos, assim como a triangulação de operações.

O Ministério do Interior identificou que os Estados Unidos são a principal origem das drogas, especialmente cannabinoides sintéticos em diversas apresentações, que elevam os níveis de dependência e risco para a saúde, de acordo com o exposto pelo Cubadebate.

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