Após uma terça-feira com 1.135 MW de apagões em Cuba (acima dos 940 previstos) e uma quarta-feira que promete 1.150 MW de afetamentos, conforme revela o relatório da União Elétrica (UNE) para hoje, os cubanos devem se preparar para uma semana difícil.
O pior é que a situação não se prevê que melhore até domingo.
Lázaro Guerra Hernández, diretor geral de Eletricidade do Ministério de Energia e Minas (MINEM), apontou neste 21 de agosto em sua aparição diária na Televisão Cubana que até domingo não se espera a reincorporação da unidade 4 da termoelétrica Carlos Manuel de Céspedes, de Cienfuegos; e da unidade 1 de Felton, de Holguín, cuja saída por avarias gerou um importante aumento de apagões nas últimas horas.
Para o dia 25 de agosto, com a suposta reintegração das mencionadas unidades termelétricas, que somam 320 MW entre as duas, espera-se que a situação melhore.
“A 4 de Cienfuegos e a 1 de Felton, os trabalhos são de caldeira e passam pelo seu processo de resfriamento, entre quatro e cinco dias para que ambas se incorporem ao sistema”, indicou Guerra Hernández.
"Têm identificado o problema e o que resta é trabalhar. Temos as pessoas em turno contínuo", acrescentou o executivo, que parece cada vez mais desconfortável em seu papel, apesar de contar com todo o apoio do jornalista Bernardo Espinosa, que tenta facilitar a situação.
Embora o engenheiro tenha apontado que há apenas três unidades fora de serviço, as duas citadas mais a 1 de Santa Cruz, ao final de sua intervenção ele insinuou que na manhã desta quarta-feira a unidade 1 de Nuevitas também ficou fora de funcionamento por 40 horas para "ver os aquecedores" de ar, algo que ele qualifica de "trabalho curto".
No caso da unidade 1 de Santa Cruz, não se prevê sua reincorporação até o início de setembro porque “tem um problema na turbina que leva resfriamento longo”, alegou o diretor.
Assim sendo, Guerra Hernández advertiu várias vezes que até domingo a situação não melhorará com a incorporação de Céspedes (100 MW) e Felton (200 MW), que juntas somam 320 MW.
No dia de ontem, o serviço foi afetado por déficit de capacidade de geração durante as 24 horas e não foi possível encerrar a afetacão.
A máxima afetação no dia foi de 1.135 MW às 20h40, coincidente com o horário de pico.
A disponibilidade do SEN às 7:00 da manhã de hoje era de 2.240 MW e a demanda de 2.500 MW, com uma afetacão de 400 MW.
Estimase, no horário diurno, uma máxima afetação de 650 MW por déficit de capacidade de geração.
As limitações na geração térmica são de 403 MW.
Se encontram fora de serviço por combustível 33 centrais de geração distribuída, para um total de 170 MW afetados por esse conceito.
Para o pico, estima-se uma disponibilidade de 2.170 MW e uma demanda máxima de 3.250 MW, resultando em um déficit de 1.080 MW, portanto, se as condições previstas se mantiverem, prevê-se uma afetação de 1.150 MW nesse horário.
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