A protetora de animais Raisa Núñez faleceu neste sábado em Havana, após vários meses de internamento, em meio a denúncias por falta de medicamentos e insumos no Hospital Calixto García.
“Hoje, após 2 ou 3 meses em hospitais, e sem diagnóstico ainda definido, devido às carências e deficiências hospitalares e humanas, morre a senhora Raisa, no hospital Clínico Quirúrgico Calixto García”, informou a usuária do Facebook que se identifica como Michi Pichi.
O caso desta idosa já era conhecido nas redes sociais, pela própria usuária do Facebook que havia denunciado a escassez de material médico para atender seu caso.
“Certamente tenho que dizer que o pessoal médico está fazendo o que pode com o que tem, repito, mas não é o suficiente. Não há nada nos hospitais cubanos. É triste, muito triste de ver,” destacou esta cubana em uma publicação de maio.
Nesse post, contou que lhe roubaram uma colher no hospital. “Raisa está cega, graças a um amigo meu conseguimos resolver isso com outra, porque eu moro muito, muito longe, a miséria espiritual de alguns cubanos não tem fim.”
Além disso, denunciou que Raisa estava “passando um calor horrível”, porque não tinha ventilador.
Entre outros problemas, para a ativista era complicado "ir ao banheiro" porque não via nada, acrescentando que se sentia "extremamente fatigada" pela anemia.
Raisa Núñez era protetora há mais de 40 anos. Ela transformou sua casa em um abrigo para mais de 60 animais.
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