Régimen cubano abrirá novos hotéis em meio à grave crise econômica.

O grupo hoteleiro Gaviota está trabalhando com muito interesse nos destinos de Havana, Varadero, Cayo Santa María e Holguín.

Hotel en Cuba (Imagen de Referencia) © X/Ministerio de Turismo
Hotel em Cuba (Imagem de Referência)Foto © X/Ministério de Turismo

Funcionários do grupo hoteleiro Gaviota informaram a operadores turísticos canadenses sobre a abertura de novos hotéis nos próximos meses na ilha, destacou o portal Travel Week, especializado em turismo e viagens.

O site reporta que o grupo Gaviota está trabalhando com muito interesse nos destinos de Havana, Varadero, Cayo Santa María e Holguín, sem descuidar as outras áreas turísticas de Cuba.

Além disso, argumentaram que os cubanos trabalham com 16 redes hoteleiras estrangeiras, o que significa que 80% dos quartos dos hotéis Gaviota são geridos por empresas hoteleiras fora do país caribenho.

"O principal objetivo da Gaviota é desenvolver novos produtos em suas propriedades, especificamente para sua marca Playa. Novos módulos serão implementados para famílias com crianças, com quartos especiais para elas e níveis Premium", detalha a informação.

Da mesma forma, falam de um enfoque no público jovem, com ênfase em um desenvolvimento com a companhia canadense Blue Diamond Hotels, com quem estão realizando festivais de música especializados e abrindo uma nova marca de hotel chamada 'Resonance', que terá música e entretenimento para a geração mais jovem em uma seção, e relaxamento e bem-estar na outra.

Nesse sentido, os funcionários cubanos mencionaram que as novas inaugurações hoteleiras serão realizadas principalmente em Havana e Holguín.

Disseram que no final deste ano, abrirá suas portas na capital cubana, com 219 quartos, o Hotel Metrópolis, o segundo gerido pela Kempinski na cidade.

Além disso, está prevista a inauguração, antes do final de 2024, da segunda seção do Muthu Havana, que contará com 515 quartos e se chamará Muthu Tower.

O polêmico Hotel K23, o arranha-céu propriedade do Grupo de Administração Empresarial S.A. (GAESA), e administrado pela Iberostar, com 594 quartos, abrirá suas portas no dia 20 de novembro, quatro dias após o 505º aniversário da cidade. O anúncio de sua inauguração foi recebido com indignação por parte da população, devido à deprimida realidade econômica e social de Cuba que contrasta com o que é projetado nessa instalação.

Em Havana, também, para o próximo ano, aspiram a abrir o Hotel Corona, administrado pela cadeia hoteleira turca ATG. Um estabelecimento de categoria cinco estrelas com 147 quartos.

Na Alfândega do Porto, para o início do próximo ano será inaugurado um novo hotel chamado Real Aduana, no novo porto de cruzeiros, no local onde estava a alfândega cubana no antigo porto.

E em Holguín, espera-se que no final do próximo ano seja inaugurado um hotel ainda sem nome em Ramón de Antillas.

Assim, os funcionários alertaram que, para melhorar o serviço e a oferta ao cliente, a Gaviota planeja abrir escolas de formação em toda Cuba para capacitar seus trabalhadores com os melhores professores da ilha.

Com estas projeções de abertura de novos hotéis na ilha, começa a se colocar em prática uma tendência que se tornou habitual, na qual se investe mais no turismo do que em programas sociais, sem que pareça importar o efeito que isso tem na qualidade de vida dos cubanos.

Durante 2023, tomando o ano mais recente finalizado como exemplo, o Estado apostou no turismo, apesar da crise no sistema de Saúde Pública que afeta diretamente as pessoas; e das carências no setor da Educação, onde as crianças não têm nem cadernos suficientes para estudar.

Somado ao fato de que o primeiro semestre daquele ano a ocupação hotelar foi extremamente baixa, e sete de cada 10 quartos estavam vazios, segundo fontes oficiais.

"A estatística confirma a persistência de uma estrutura muito deformada do investimento em Cuba, na qual um terço se concentra em atividades articuladas principalmente em torno do turismo", disse sobre essa situação o economista Pedro Monreal.

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