Faltando 48 horas para o mês de agosto, os cubanos continuam suportando cortes de eletricidade frequentes e prolongados, apesar das promessas do governante Miguel Díaz-Canel, seus ministros, dirigentes e a União Elétrica de Cuba (UNE) de reduzir os apagões durante os meses de verão.
As estratégias de reparação e manutenção das centrais termoelétricas cubanas, desenvolvidas nos meses anteriores à temporada de verão, não conseguiram melhorar a situação do fornecimento de eletricidade em julho, primeiro mês das férias escolares em Cuba e um dos mais quentes do ano.
Desde que no dia 27 de junho a termelétrica Antonio Guiteras saiu de operação devido a uma avaria em sua caldeira, provocando um déficit superior a 900 MW, o sistema eletroenergético cubano (SEN) tem sido incapaz de gerar e fornecer a eletricidade que os clientes da UNE requerem e pela qual pagam. Os déficits de fornecimento desde essa data alcançaram números diários entre 290 MW e 1060 MW.
Para este lunes, “estima-se que para a hora de pico haverá uma disponibilidade de 2.420 MW e uma demanda máxima de 3.150 MW, resultando em um déficit de 730 MW, portanto, se as condições previstas se mantiverem, é prevista uma afetação de 800 MW nesse horário”, indicou a UNE em suas redes sociais.
"Ontem, o serviço foi afetado por déficit de capacidade de geração das 17:00 horas da tarde até as 04:43 horas da madrugada de hoje. A máxima afetada no dia foi de 481 MW às 23:10 horas, não coincidente com a hora de pico”, precisou a empresa socialista que é dirigida por Alfredo López Valdés.
Durante a manhã desta segunda-feira, a disponibilidade do SEN "é de 2.420 MW, a demanda 2.390 MW, com todo o sistema em funcionamento, [portanto] no horário do meio-dia se estima uma afetacão ao serviço por déficit de capacidade de geração de 450 MW".
“Estão fora de operação por falha a unidade 5 da CTE Mariel, a unidade 1 da CTE Santa Cruz e a unidade 2 da CTE Felton”, acrescentou a UNE, explicando que os apagões ocorrem “por aumento da indisponibilidade de combustível na geração distribuída e demanda superior à prevista”.
Finalizando o mês de julho, as promessas do governante designado pelo general Raúl Castro e líder da "continuação" voltaram a ficar em papel molhado.
"Vamos ter manutenções prolongadas até o mês de junho para conseguir minimizar o incômodo das interrupções de energia no verão, especialmente nos meses de julho e agosto", prometeu Díaz-Canel no final de maio.
Os internautas cubanos que deixam seus comentários nas redes sociais da UNE mostram o grau de cansaço e indignação que essa situação e as mentiras e manipulações dos governantes do regime lhes causam.
“Vocês estão em Modo Ferrari: subiram de 90 para 800 em apenas 3 dias. Esclareçam-me uma dúvida: vocês se reúnem todos os dias para discutir como podem enganar mais o povo, ou é algo que surge de forma espontânea?”, perguntou um deles.
“Uma falta de respeito. Acaba a bola e os dias da rebeldia e já o aumento do déficit é grandíssimo de um dia para o outro. Até quando será isso?”, observou outro.
“Quando planejaram este verão, vocês não pensaram que teriam que ter diesel? O que foi? Utopia? Pensaram que o clima ia ser solidário? A realidade não condiz com o prometido… e enquanto isso, o verão é sinônimo de calor, doença e desesperança.”
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