Biden se despede: "É preciso passar o bastão para uma nova geração, para vozes mais jovens e frescas."

"Decidi que a melhor maneira de avançar é passar o testemunho para uma nova geração."

Joe Biden © Twitter/Joe Biden
Joe BidenFoto © Twitter/Joe Biden

Joe Biden se dirigiu a nação americana nesta quarta-feira pela primeira vez desde que abandonou a corrida presidencial.

O presidente, de 81 anos, disse que tomou a decisão de se retirar da disputa para "defender a democracia", "passar a tocha para uma nova geração" e unificar seu partido.

Desde o Gabinete Oval da Casa Branca, o presidente americano fez um discurso de cerca de 11 minutos que foi transmitido ao vivo pelas principais emissoras de televisão do país.

Seu objetivo era duplo: Explicar a decisão de encerrar sua campanha de reeleição e definir, em suas próprias palavras, seu legado.

"Acredito que meu histórico como presidente, minha liderança no mundo e minha visão para o futuro dos Estados Unidos, tudo justificaria um segundo mandato, mas nada pode ficar no caminho de salvar nossa democracia", afirmou.

"Eu decidi que a melhor maneira de avançar é passar o bastão para uma nova geração. Esta é a melhor forma de unir a nossa nação", manifestou sentado na mesa do Escritório Oval, de modo que podiam ser vistas atrás dele várias fotografias, incluindo uma de seu filho Beau, falecido de câncer em 2015.

No discurso, Biden descreveu Kamala Harris, sua sucessora, como uma política "experiente", "dura" e "capaz".

"¡O discurso do corrupto Joe Biden do Salão Oval mal se entendia e foi taaaan ruim!", escreveu Trump no Truth Social apenas alguns minutos depois que a intervenção do mandatário americano terminou.

Seis meses de trabalho pela frente

"Durante os próximos seis meses, me concentrarei em fazer meu trabalho como presidente", disse, acrescentando que continuaria trabalhando para reduzir os preços.

Afirmou, além disso, que trabalhará para proteger "o direito de votar e o direito de escolher".

Disse que "não há lugar nos Estados Unidos para a violência política nem para qualquer outro tipo de violência" e afirmou que continuaria pressionando para que se ponha fim à violência armada.

Biden também disse que antes de deixar a presidência pedirá uma reforma na Suprema Corte, embora não tenha dado detalhes.

Biden só deu quatro discursos à nação ao longo de seu mandato, dois deles nos últimos dias.

O discurso de Biden teve um caráter histórico, já que nunca antes um aspirante presidencial havia se retirado da corrida tão perto das eleições.

O precedente mais próximo remonta a março de 1968, quando o presidente Lyndon Johnson (1963-1969) anunciou que não se candidataria à reeleição, mas o fez no início das primárias do partido.

Em contraste, Biden tomou esta decisão com as primárias já concluídas e a escassos três meses das eleições.

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