Um total de cinco cubanos, três homens e duas mulheres, foram presos na cidade de Holguín por enganar e roubar pessoas que demonstravam interesse nas redes sociais na compra de dólares, segundo revelou o meio oficialista Cazador-Cazado.
A citada fonte precisou que os implicados utilizavam um perfil no Facebook chamado "Claudia Ramírez", de onde divulgavam em diferentes grupos sua intenção de comprar dólar e um número de telefone para que os interessados se comunicassem de forma privada.
Depois, combinavam o encontro em um lugar isolado e utilizavam a violência ou intimidação para roubar o dinheiro das vítimas.
Os presos foram Jorge Írsula Cardosa, Yunior Reyna, Adriana Arsuaga, Ariana Hernández Tamayo e Noel Román.
Os sujeitos foram detidos em uma casa do Reparto Vista Alegre da cidade cabecera "justo quando se dispunham a executar tal fechoría", acrescentou a fonte, que não ofereceu outros detalhes sobre as circunstâncias que levaram as autoridades até os supostos ladrões, nem a quantidade de potenciais vítimas de seus atos.
Um dos falsos oferecimentos de compra de dólares mostrava interesse em comprar 3.000 dólares a 365 CUP, ou seja, os golpistas estavam dispostos a desembolsar 1.095.000 CUP para quem caísse na armadilha.
No apartado final da publicação, o perfil oficialista não perdeu a oportunidade de desestimular a compra de divisas no mercado negro.
"Recorde sempre que optar por práticas legais para realizar transações ou mudanças financeiras, evitar os mercados informais e denunciar oportunamente às autoridades diante de fatos dessa natureza, contribuirá para que as fraudes e outros delitos associados não proliferem", concluíram.
Em dias recentes, uma mulher que supostamente tentou enganar alguns cubanos em Artemisa foi retida pelas pessoas com quem realizou o negócio e ameaçavam não deixá-la ir “até que devolvesse o dinheiro”.
“Esta mulher foi hoje a Alquízar, província de Artemisa, à casa de algumas pessoas, com dois homens em um táxi amarelo, para comprar 2000 MLC, fizeram a transferência e de Havana ligaram dizendo que o dinheiro não havia entrado no cartão”, denunciou no Facebook a ativista Diasniurka Salcedo Verdecia, que fez um apelo a familiares ou amigos da mulher para que devolvam o dinheiro.
Ao compartilhar imagens da mulher, a ativista acrescentou que os homens que a acompanhavam fugiram. A denúncia também apontava que “a polícia tem conhecimento e diz que não irá se meter”.
A finais do mês de junho, a polícia cubana desarticulou uma rede de fraudes milionárias na compra e venda ilegal de divisas na cidade de Santa Clara, em Villa Clara, e prendeu as quatro mulheres que supostamente a integravam.
Desde o final de 2023 até o momento de sua prisão, as detidas realizaram mais de 15 operações de fraude, com um montante que variava entre 800,000 e mais de 1,000,000 de pesos cubanos cada uma, segundo informou à emissora CMHW o tenente-coronel Héctor de la Fe Freire, chefe do Ministério do Interior (MININT) na cidade do centro de Cuba.
Em fevereiro passado, também foram presos em Santa Clara dois homens por sua implicação em vários casos de estelionato na venda ilegal de divisas.
Um mês antes, na mesma cidade, a polícia prendeu três homens e uma mulher por múltiplos casos de fraude e roubo com violência relacionados à compra e venda de moeda estrangeira.
Por essas datas, diante do aumento das fraudes na hora de fazer transferências bancárias pelo aplicativo do Banco Central de Cuba, Transfermóvil, um cubano fez um vídeo onde mostrava como os criminosos fazem esse tipo de roubo. O jovem alertava seus seguidores para que observassem o modus operandi dos que chamou de "viviendas", e pediu que não se deixassem enganar.
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