O ex-ministro da Cultura e atual presidente da Casa das Américas, Abel Prieto Jiménez, está no centro da polêmica após um tuíte que foi qualificado como homofóbico e transfóbico por vários setores da sociedade na ilha.
Apesar de ter eliminado a publicação de sua conta na rede social X, Prieto não percebeu que suas palavras não eram bem-vindas por ativistas e pessoas próximas à comunidade LGBTIQ+, que fizeram captura de tela e compartilharam em outras redes sociais.
“Se alguém mais pensa como Abel Prieto Jiménez que tire a máscara. Basta de hipocrisia e homofobia nos bastidores”, escreveu o ativista Yadiel Cepero junto a uma captura do tweet.
Em sua publicação, Prieto diz “o sistema promove uma falsa diversidade para ocultar a autêntica” e suas palavras foram acompanhadas por imagens de integrantes da comunidade trans, que é a que o ex-ministro critica, e outra com pessoas indígenas, a quem exalta.
Suas palavras, além de mal recebidas, encontraram a crítica de outro ativista, que esclareceu ao burocrata que suas fotos estavam mal utilizadas.
“As pessoas na foto abaixo em seu tweet não são nativas de Cuba. As poucas famílias taínas que restam no oriente cubano vivem em extrema pobreza, e as pessoas da foto acima não são responsáveis por isso, a culpa é de vocês, toda”, apontou Dennis Valdés Pilar no Facebook.
Este usuário além disso compartilhou fotos das pessoas indígenas cubanas que vivem em Guantánamo e pediu a Abel Prieto que se preocupe “por essa gente que precisa mais. Reconheçam sua homofobia e transfobia institucionalizada”.
Por sua parte, o ativista Yoelkis Torres Tápanes comparou a imagem compartilhada pelo atual presidente da Casa de Las Américas com a que "a ultradireita" utiliza para promover "as políticas a favor da igualdade".
“É interessante o baixo ataque contra a comunidade trans em um país onde a Constituição diz ser contra a discriminação, ainda mais quando os chamados discursos pelos direitos são discutidos na Assembleia e recebem uma promoção por difusos e incoerentes, porque estão sempre dizendo uma coisa e fazendo outra”, referiu Torres Tápanes.
O mesmo denunciante fez várias perguntas em relação a esta publicação de Prieto, sendo a mais significativa: “quem assume a responsabilidade por este ataque?”.
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