O governo cubano compartilhou os dados demográficos dos últimos três anos e, embora pareça surpreendente em meio ao contexto de crise econômica, política e social que o país vive, cerca de seis mil pessoas emigraram para Cuba nesse período.
O vicechefe do Escritório Nacional de Estatística e Informação (ONEI), Juan Carlos Alfonso Fraga, indicou em sua apresentação do projeto de Lei de Migração que, ao final de 2023, eram registrados 6.263 imigrantes em Cuba.
Apesar desses seis mil imigrantes, nos últimos três anos a população cubana diminuiu em 10,1%. Alfonso Fraga não detalhou quando esse processo começou, mas afirmou que não é um fenômeno novo. O crescimento natural no país é negativo, ou seja, morrem mais pessoas do que nascem.
O saldo migratório também é negativo. Embora tenham emigrado para Cuba seis mil pessoas em três anos, houve pelo menos 1.011.269 pessoas que abandonaram o país definitivamente.
Em dezembro de 2023, a "população efetiva" estava situada em 10.055.968 cidadãos, mas este número diminuiu nos últimos seis meses e já se estima que vivem em Cuba menos de 10 milhões de pessoas.
O governo reconhece como população efetiva, "toda a que, em um ano calendário, nasceu no país ou em outro país, mas reside de forma permanente, acumulou 180 dias ou mais de residência no mesmo durante os últimos 365 dias e não faleceu".
As declarações de Alfonso Fraga ocorreram no terceiro período ordinário de sessões da Assembleia Nacional do Poder Popular nesta sexta-feira e destacam a importância que os indicadores demográficos têm nas políticas econômicas e sociais do país.
O funcionário reconheceu que todos os dados do governo são imprecisos, porque Cuba não realiza um censo de população e habitação há mais de 12 anos.
O Estado assegura que não conta com os recursos necessários para realizar um censo atualmente e já há três anos está adiando isso, apesar da importância que esses dados demográficos têm. A próxima data tentada está em 2025, mas até agora o regime afirma que não possui as condições para realizá-lo.
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