Lázaro Cuquet Piñón, um dos cubanos cuja residência foi danificada na noite de quarta-feira por um incêndio na cidade de Santiago de Cuba, já foi testemunha há 42 anos de outro grave incêndio em que perderam a vida seus pais, avós e uma irmã, segundo revelou nas redes sociais Aris Arias Batalla.
Cuquet Piñón sobreviveu naquela oportunidade porque se jogou pela janela da frente da casa.
O dramático é que o incêndio que naquela vez se originou após a explosão de dois cilindros de gás liquefeito ocorreu agora na mesma residência que desta vez sofreu danos parciais após um sinistro originado na casa vizinha.
Afortunadamente desta vez não houve explosões, nem feridos, nem mortos.
As afetações na casa de Lázaro Cuquet foram principalmente no telhado da residência e na área da sala, por ser um teto comum com a área da sala da casa, onde o fogo se originou.
No local, estiveram presentes funcionários do Conselho de Administração Municipal (CAM) e outros organismos estatais, como habitação, planejamento físico, comunais e outros.
Luta em meio a um incêndio
Sobre a briga durante o incêndio que foi divulgada nas redes sociais, Aris Arias Batalla deu uma versão sobre o que ocorreu que não é esclarecedora.
“O lamentável incidente foi que um bombeiro se apresentou no local, se identificou e tentou evitar que vizinhos entrassem na residência. Quando a primeira equipe de bombeiros chegou, perceberam que seu colega estava sendo agredido fisicamente e, enquanto um se dedicava a realizar as tarefas de extinção, outro foi apoiar seu colega bombeiro, que é o jovem da motosserra que aparece no vídeo", apontou o resgatista.
Foi o jornalista Yosmany Mayeta Labrada quem primeiro deu a conhecer o incêndio que ocorreu na rua Calvario entre Santa Rosa e Princesa, por causas desconhecidas.
Um vídeo divulgado pelo comunicador mostrou que pouco depois da chegada do caminhão de bombeiros, iniciou-se uma briga entre vários jovens, e foi possível ver pelo menos um bombeiro envolvido no incidente.
Na seção de comentários da publicação, um internauta identificado como Iván Vélez esclareceu o motivo da desconcertante confusão em meio ao que era um momento de máxima emergência.
"Aclarando dúvidas, não houve confrontação com os bombeiros. Informaram-me que havia um motor estacionado na esquina da Santa Rosa e, quando o caminhão de bombeiros subiu por essa rua, o motor obstruía seu caminho", explicou.
“Dos vizinhos o moveram para dar passagem ao carro de bombeiros, pois o proprietário não aparecia. Quando o dono da moto chegou, reclamou aos vizinhos, porque aparentemente, com o movimento, danificaram a moto”, acrescentou.
Vélez precisou que, ao que parece, "a reclamação terminou em uma discussão e, por fim, em uma briga. O dono do motor se identificou, posteriormente, como oficial do DTI [Departamento Técnico de Investigações]".
Tal versão se distancia completamente da divulgada pela fonte oficialista.
O incêndio ocorreu por volta das 22h40 do dia 17 de julho em uma residência de propriedade de quatro irmãos, um dos quais reside em Havana.
No momento do sinistro, não havia ninguém na propriedade. Três quartos foram os que sofreram os maiores danos materiais. A porta de entrada da casa foi arrombada por vizinhos próximos e, segundo testemunhas, não havia eletricidade nesse domicílio.
O Ministério do Interior (MININT) investiga as causas do incêndio.
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